Publicado em 14/10/2025 às 09h42.

Governo participa de audiência no Senado para debater ampliação da isenção do IR

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), participa da audiência que tratará do tema

Redação
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

Após a aprovação do projeto que isenta o Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil, com unanimidade na Câmara dos Deputados, o governo Federal se movimenta agora para tentar acelerar a análise da proposta no Senado Federal. Com isso em mente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), participa nesta terça-feira (14) de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa para tratar do tema.

A expectativa no Palácio do Planalto é que o placar expressivo entre os deputados, com 493 votos a favor e nenhum contrário, inibirá iniciativas que possam representar entraves ao projeto na Casa. O tema foi aprovado pelos deputados no início deste mês. As informações são do jornal O Globo e do portal InfoMoney.

Enviado pelo governo ainda em março, o texto foi alvo de extensivos debates que travaram o texto por quase sete meses. O Planalto almeja implantar a nova faixa de isenção do IR já na declaração de 2026, ano eleitoral. Para isso, será preciso que o Senado leve menos tempo que a Câmara e aprove o texto até dezembro, ou seja, em cerca de dois meses.

A proposta altera a faixa de isenção do Imposto de Renda, que atualmente compreende apenas aqueles que ganham até R$ 3.036 ao mês (o equivalente a dois salários-mínimos). O texto também reduz a cobrança para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350.

Por outro lado, o projeto cria uma alíquota mínima de 10% para quem ganha acima de R$ 50 mil mensais. Na prática, uma sobretaxa dos mais ricos vai pagar a conta da ampliação da isenção.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AL), já definiu que o projeto será relatado na Casa pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) e só passará pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que é presidida pelo alagoano. Calheiros disse que serão realizadas quatro audiências públicas sobre o tema.

O senador disse que “fará o possível” para que o projeto não sofra alterações e volte para a Câmara. Entretanto, afirmou que “o Senado vai fazer as mudanças necessárias, sim”.

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