Publicado em 15/10/2025 às 08h08.

Governo Lula busca empréstimos de R$ 20 bi para Correios

Empresa teve prejuízo de R$ 2,64 bilhões no segundo trimestre de 2025 e precisa de R$ 10 bi para 2025 e R$ 10 bi para 2026

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O governo Lula (PT) busca empréstimos junto ao Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e bancos privados destinados aos Correios. Segundo informações da Folha de S. Paulo, fontes disseram que a empresa precisa de R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 10 bilhões em 2026, totalizando R$ 20 bilhões para adoção de medidas de ajuste previstas em um plano de reestruturação dos Correios.

A destinação do dinheiro será para capital de giro e custeio das medidas de ajuste previstas no plano, como demissões voluntárias, mudanças no plano de saúde, renegociação de passivos atrasados e outras ações. A operação teria garantia do Tesouro Nacional.

Na última quinta-feira (9) representantes do governo e dos bancos discutiram a operação de crédito. Estiveram presentes os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Esther Dweck, de Gestão, Frederico de Siqueira Filho, de Comunicações e membros do Tesouro Nacional, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), do Banco do Brasil e da Caixa.

A situação financeira dos Correios é instável, com um prejuízo de R$ 2,64 bilhões no segundo trimestre de 2025, valor quase cinco vezes o resultado negativo no mesmo período de 2024, quando ficou em R$ 553,2 milhões. No primeiro semestre deste ano, o rombo chegou a R$ 4,37 bilhões, o triplo do prejuízo de R$ 1,35 bilhão em igual período de 2024. 

Emmanoel Schmidt Rondon, funcionário de carreira do Banco do Brasil, foi escolhido em setembro deste ano pelo governo Lula para presidir os Correios. Assim que assumiu o comando, Rondon iniciou a renegociação de um empréstimo de R$ 1,8 bilhão contratado pelos Correios neste ano junto a um sindicato de bancos formado por BTG Pactual, Citibank e ABC Brasil, os mesmos que agora devem participar da nova operação. O objetivo da companhia era dar fôlego ao caixa já debilitado. 

A situação foi equacionada, e agora os Correios tentam tirar do papel o plano de reestruturação mais amplo. A avaliação é que, embora haja a necessidade de um gasto maior em 2025 e 2026, a partir de 2027 haverá uma economia significativa de despesas. Hoje, o custo fixo da companhia varia de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões ao ano, o que dificulta o ajuste em períodos de queda de receitas.

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