Publicado em 17/10/2025 às 21h20.

Entregadores de app têm jornadas longas e recebem menos que média nacional, aponta IBGE

Entre 2022 e 2024, mais de 40 mil pessoas ingressaram na atividade; veja números da pesquisa

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Os entregadores que atuam por meio de aplicativos no Brasil trabalham mais e ganham menos que a média dos demais trabalhadores ocupados. É o que revela a nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), divulgada pelo IBGE.

Entre 2022 e 2024, mais de 40 mil pessoas ingressaram na atividade, totalizando 274 mil entregadores entre os 485 mil trabalhadores que utilizaram aplicativos de entrega no país em 2024. Outros 211 mil usaram as plataformas para atividades como venda de refeições ou produtos.

No total, o Brasil registrou 1,7 milhão de trabalhadores por plataformas digitais, o equivalente a 1,9% da população ocupada. Apesar de uma jornada média semelhante à dos demais trabalhadores — 46,4 horas semanais —, os entregadores recebem R$ 2.340 por mês, valor inferior à média dos demais plataformizados (R$ 4.615) e também abaixo da média geral dos ocupados, que é de R$ 2.878.

O estudo aponta ainda que a baixa escolaridade é uma das principais características da categoria, o que reflete diretamente nas condições de inserção e remuneração.

Mais da metade dos motoristas e entregadores relatou que a jornada é influenciada por bônus, promoções ou ameaças de punição e bloqueio por parte das plataformas digitais. Por outro lado, 78,5% dos motoristas afirmaram que a liberdade de escolher dias e horários para trabalhar impacta positivamente sua rotina.

O Nordeste aparece como a região com maior proporção de trabalhadores em aplicativos de transporte particular de passageiros, excluídos os serviços de táxi.

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