Encontro internacional de arte e ativismo acontecerá na 2ª Conferência Global Artivism

A cidade de Salvador, na Bahia, sediará, de 3 a 5 de novembro de 2025, a segunda edição da Conferência Global Artivism, um encontro internacional que reúne artistas, líderes culturais e ativistas de todo o mundo para construir um movimento global repleto de música, arte, dança, cultura e muito mais.

O evento reunirá cerca de 800 artistas e ativistas de 60 países, entre eles Guz Guevara (México), Viviene Ferreira (Brasil), Matthew Nwozaku Blaise (Nigéria), DJ Cavem (EUA), Loica (Chile), Puma (Brasil), Bashar (Palestina), ALT BLK AFRICA (África) e Mundano (Brasil).

As inscrições e informações completas sobre o Global Artivism estão disponíveis no site oficial do evento.

Após o sucesso da primeira edição, realizada em Joanesburgo (África do Sul) em 2024, que reuniu 846 participantes presenciais e mais de 2.000 participantes virtuais, o Global Artivism chega ao Brasil em um momento simbólico e estratégico.

O encontro antecede a COP30, que será realizada em Belém do Pará em 2025, e conecta-se diretamente ao debate global sobre o papel da cultura e da narrativa na formulação de políticas climáticas, soluções ambientais e estratégias globais.

O evento acontecerá em diversos espaços culturais de Salvador, incluindo o Hotel da Bahia by Wish, Goethe-Institut, Lago do Campo Grande, Casa de Cultura Eduardo Cabus, Praça das Artes, Saladearte Cinema do Museu, Café Teatro Nilda Spencer, Espaço Cultural da Barroquinha, Teatro Gregório de Matos, Cine Glauber Rocha, Sociedade Protetora dos Desvalidos, Casa do Carnaval da Bahia, Museu da Misericórdia, Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), Casa Cultural Reggae e Casa do Hip-Hop, entre outros. Parte da programação será aberta e gratuita ao público. Solicitações de código de desconto podem ser feitas pelo e-mail info@globalartivism.ca.

Entre os participantes confirmados estão Margareth Menezes, ministra da Cultura do Brasil, além de importantes artivistas e líderes culturais de países como Palestina, Nigéria, China, Estados Unidos, África do Sul, Camarões, Romênia, Quênia, Paquistão, Reino Unido e Afeganistão, entre outros.

Entre os mais de 800 artistas participantes, o evento contará com sessões confirmadas com:
O ativista e performer mexicano Guz Guevara, que participará do painel “Poder, Verdade e Imaginação: Artistas Reivindicando o Espaço Cívico” e fará uma apresentação no palco principal.

Reconhecido por sua atuação em defesa dos direitos das pessoas com deficiência e da inclusão LGBTQIA+, Guz é cofundador do Movimento de Pessoas com Deficiência e criador do “Lenço Fosforescente”, símbolo global de visibilidade e resistência.

O coletivo ALT BLK Africa, composto por oito artistas de diferentes países do continente e da diáspora africana, também se apresentará no palco principal com uma performance que conecta música e ancestralidade. O grupo inclui a baixista e curadora sudanesa Islam Elbeiti, que falará sobre o cenário artístico e cultural do Sudão.

Dos Estados Unidos, DJ Cavem — artista eco-hip-hop, chef vegano e doutor em Ecologia Urbana — fará uma performance e conduzirá a sessão “Raízes, Batidas e Tratados Climáticos”, uma experiência interativa que combina justiça climática, soberania alimentar ancestral e música.

Durante três dias, os participantes viverão uma programação rica e diversa, com mais de 80 painéis, palestras, performances e oficinas. As atividades ocorrerão das 9h às 18h, e os eventos noturnos incluirão shows, apresentações e festas que celebram a potência do artivismo em suas diferentes linguagens.

Entre os temas abordados estão: Justiça climática e os direitos da natureza; Combate à desigualdade e ao sexismo estrutural; Fortalecimento da solidariedade global a partir do coração de Salvador; A arte como ferramenta de ativismo; Construção de um movimento global de artivistas.

A estrutura do encontro foi concebida como uma jornada simbólica pela história de Salvador e pela solidariedade global:

• Dia 1 – O presente:
  Focado em compreender o momento atual, com painéis que exploram as crises globais — ambientais, políticas e culturais — e discussões sobre o papel da arte no enfrentamento da emergência climática e do avanço do autoritarismo.

• Dia 2 – O passado e o saber ancestral:
  Dedicado às raízes afro-brasileiras e às tradições de resistência cultural, com oficinas imersivas e atividades comunitárias realizadas no Pelourinho, marco da cultura negra e símbolo das lutas pela liberdade no Brasil.

• Dia 3 – O futuro:
  Voltado para a construção de alianças e estratégias coletivas. Os participantes se reunirão para imaginar e propor novas formas de mobilização global em um dia dedicado à cocriação de manifestos e compromissos compartilhados.

O que é o Global Artivism

O Global Artivism é um movimento que conecta artivistas, artistas e líderes de transformação social, além de aliados que acreditam na arte como força de transformação. Liderado por artivistas da Maioria Global, o movimento busca reimaginar futuros possíveis por meio de ativações culturais, arte, fortalecimento da solidariedade global, mobilização e resistência mundial.

O conceito de artivismo — a fusão entre arte e ativismo — baseia-se na compreensão de que os artistas não são coadjuvantes na mudança social, mas arquitetos centrais desse processo. O objetivo do encontro é construir um ecossistema global de artivistas, artistas que atuam na interseção entre arte e transformação social, criando espaços de aprendizado, troca, colaboração e cocriação de estratégias de impacto cultural.

“A cultura molda nossa imaginação e define o que acreditamos ser possível. Aqueles que detêm o poder cultural têm a capacidade de moldar o futuro. O Global Artivism existe para afirmar que os artistas são agentes centrais da transformação global.” — Global Artivism

Quem é um artivista

Um artivista é um artista profundamente enraizado em sua comunidade — seja por identidade, território ou valores — que utiliza sua prática criativa como ferramenta de transformação social e política. Esses artistas canalizam seu trabalho para mobilizar, inspirar e construir movimentos, transformando a imaginação coletiva e impulsionando mudanças sistêmicas.

Salvador como palco simbólico

Sede da primeira capital do Brasil, Salvador foi escolhida por seu papel histórico e cultural como berço da ancestralidade africana nas Américas, da diversidade e da resistência popular. A cidade se torna, com o Global Artivism, um centro mundial de debates sobre arte, democracia e meio ambiente, reafirmando o Brasil como ator protagonista nas discussões sobre o futuro sustentável do planeta.

Inscrições e participação

O Global Artivism 2025 é aberto a artistas, gestores culturais, pesquisadores, comunicadores, ativistas e público geral interessado em temas de arte, cultura, direitos humanos e sustentabilidade.

As inscrições para participação presencial ou remota estão disponíveis no site do evento:
The Second Global Artivism Convening 2025