Publicado em 28/10/2025 às 15h23.

Marta critica cessão de salas do Elevador Lacerda para espaço privado

“Prefeito quer elitizar com amigos o Elevador Lacerda”, disse a vereadora

Redação
Foto: Luana Neiva / bahia.ba

 

A vereadora Marta Rodrigues (PT) voltou a criticar o prefeito Bruno Reis (União Brasil), nesta terça-feira (28), após a cessão de salas do Elevador Lacerda para o funcionamento de um espaço privado de festas, o “Conceito Lacerda”.

Para a parlamentar, a decisão da prefeitura, sem nenhuma transparência, processo licitatório e explicação da gestão, representa “um retrocesso com a elitização dos espaços e patrimônios públicos de Salvador, transformando um símbolo do povo em vitrine de luxo para poucos e para amigos”.

Segundo ela, o prefeito já confirmou que o espaço tombado pelo IPHAN foi alugado para a empresária Andrea Velame, responsável pelo evento Conceito Wedding 2025, mas não informou como se deu esse processo.

“Não explica porque ela foi a escolhida, não revela valores quando é questionado pela imprensa, nem disponibiliza as informações no Portal da Transparência. Tudo feito à revelia, para atender interesses de seus amigos”, criticou Marta. Enquanto isso, acrescenta a edil, no local já existe uma placa que cria uma separação visível entre o patrimônio público e a população que circula diariamente pela Praça Municipal.

A vereadora afirmou ainda que o silêncio da prefeitura sobre a sublocação do espaço pela própria locatária reforça a nebulosidade da circunstância. “A prefeitura precisa explicar de forma imediata quem autorizou o uso, quanto foi pago, para onde foi o dinheiro e se há autorização legal para sublocação. O mínimo que se espera é transparência”, completou.

Segundo Marta, a atitude da gestão municipal afronta o caráter público e histórico do Elevador Lacerda, um dos principais cartões-postais do país e patrimônio da cidade.

“O prefeito trata o Elevador Lacerda como se fosse um bem privado, disponível para quem pode pagar, e não um símbolo de Salvador. É um completo absurdo. Não se trata apenas de uma sala ou de um evento: é o uso indevido de um patrimônio histórico em benefício de interesses particulares, sem transparência, sem licitação e sem debate público”, afirmou.

Marta reforça que há uma contradição entre o cenário da Praça Municipal e a exclusividade imposta pelo novo espaço privado instalado no equipamento.

“Quem passa ali, especialmente quem é morador da cidade, sente de imediato a diferença. O Elevador Lacerda é um símbolo da identidade baiana e soteropolitana”, destacou.

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