Publicado em 30/10/2025 às 08h24.

EUA e China firmam trégua comercial de 1 ano

Acordo foi firmado após uma reunião entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping

Redação
Foto: Reprodução/Shutterstock/Getty Images

 

Os Estados Unidos e a China firmaram uma trégua comercial de um ano na madrugada desta quinta-feira (30), após a primeira reunião entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping em seis anos. O acordo, firmado durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), em Busan, na Coreia do Sul, suspende restrições e tarifas que vinham elevando a tensão entre as duas maiores economias do mundo. As informações são do portal InfoMoney.

Em um comunicado divulgado de forma conjunta, Washington e Pequim adiaram a implementação de medidas que afetariam setores estratégicos pelo período de 1 ano. O governo chinês concordou em suspender os controles sobre exportações de terras rasas, enquanto os americanos congelaram a ampliação de restrições tecnológicas às subsidiárias de empresas da China que operam nos EUA.

O encontro teve a duração de cerca de 100 minutos e representou uma mudança no tom entre os dois líderes. Antes da reunião, Trump chamou Xi de “grande líder de um grande país”, enquanto o presidente chinês afirmou que Washington e Pequim devem ser “amigos e parceiros”.

O que foi acordado?

Como parte do acordo, os EUA reduziram de 20% para 10% as tarifas impostas sobre produtos chineses ligados ao fentanil, enquanto a China se comprometeu a intensificar o combate à exportação de precursores químicos do opioide. O corte tarifário diminui a taxa média sobre exportações do país asiático para 45%.

Com isso, agora, os principais parceiros comerciais dos americanos que ainda estão sujeitos a tarifas mais altas são Brasil e Índia.

O Ministério do Comércio chinês também confirmou a suspensão, também no período de um ano, das tarifas aplicadas reciprocamente sobre embarcações e empresas de logística, algo acordado por ambas as partes. Segundo a pasta, houve consenso ainda sobre cooperação agrícola, incluindo a retomada das compras chinesas de soja americana.

O comunicado chinês menciona um compromisso de “resolver adequadamente” questões envolvendo a operação da plataforma social TikTok nos EUA. Trump declarou que Pequim aceitou a ideia de permitir controle americano sobre a plataforma no país.

A China, por sua vez, ainda deve iniciar um processo de compra de energia proveniente dos EUA, segundo afirmou Trump em uma postagem na sua plataforma Truth Social, nesta quinta. Ele sugeriu ainda que há um grande negócio no Alasca, onde seu governo vem divulgando uma proposta de gasoduto de GNL de US$ 44 bilhões.

 

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