Publicado em 01/11/2025 às 17h32.

Azul fecha acordo com credores e avança em processo de recuperação judicial

Companhia aérea considera entendimento um passo decisivo para reorganização financeira e prevê sair da recuperação até 2026

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

A Azul Linhas Aéreas, uma das três principais companhias do setor no Brasil, anunciou neste sábado (1º/11) que chegou a um acordo com credores não garantidos, no âmbito do processo de reestruturação financeira iniciado após o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, em maio deste ano.

Os credores não garantidos, também chamados de quirografários, são aqueles que emprestam recursos sem exigir um bem específico como garantia. Em casos de inadimplência, têm prioridade menor para receber, pois não possuem direito sobre um ativo determinado da empresa devedora.

Em maio, a Azul ingressou com o pedido de recuperação judicial nos EUA por meio do Chapter 11, mecanismo jurídico que permite a reorganização de dívidas de empresas em dificuldades financeiras. A companhia escolheu o sistema norte-americano por considerá-lo mais flexível e porque a maior parte de seus credores e contratos com fornecedores está vinculada à legislação do estado de Nova York.

Segundo estimativas da empresa, a saída do processo de recuperação judicial deve ocorrer no início de 2026, dependendo do nível de redução do endividamento e da alavancagem que a companhia alcançar.

A alavancagem financeira é a estratégia de utilizar recursos de terceiros, como empréstimos, para financiar investimentos e aumentar o retorno sobre o capital próprio. Embora amplie o potencial de lucro, também eleva os riscos, já que os ganhos precisam superar o custo da dívida.

Em comunicado, a Azul afirmou que o acordo com os credores não garantidos representa “um passo importante e um caminho claro” para a continuidade do processo de reestruturação.

O que é recuperação judicial

A recuperação judicial é um instrumento legal que permite às empresas renegociar dívidas e evitar a falência, preservando empregos e continuidade das operações. Durante o processo, as companhias ficam temporariamente desobrigadas de pagar credores, mas precisam apresentar um plano de recuperação com prazos e metas para reorganizar as finanças e seguir em atividade.

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