Publicado em 05/11/2025 às 13h40.

Projeto oferece acolhimento psicológico para jovens com TEA antes do Enem

Iniciativa “Acolhe Enem” promove atendimento gratuito e apoio emocional estudantes neurodivergentes em Salvador

Redação
Foto: Shutterstock

 

A véspera do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é um período tenso para todos (as) estudantes, mas no caso de jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras neurodivergências e/ou transtornos de ansiedade, a pressão emocional pode ser sentida de forma mais intensa, prejudicando concentração, foco e desempenho na prova.

O acolhimento psicológico direcionado especificamente nesse momento-chave pode reduzir o estresse, melhorar a atenção e aumentar a confiança dos candidatos. É com esse objetivo que o projeto pioneiro em Salvador ‘ Acolhe ENEM ’ atenderá estudantes nos dias 08 e 14 de novembro , juntamente com equipe especializada, no Espaço AutismA.

A psicopedagoga Cristina Bochicchio, especialista em educação especial inclusiva e idealizadora do projeto, explica que os dias que imediatamente antecedem ao exame são estratégicos para oferecer suporte especializado para jovens como TEA, TDAH, dislexia e outros perfis neurodivergentes.

“Muitos desses jovens sentem-se sobrecarregados pela expectativa, pelo barulho, pelas mudanças de rotina e pelo medo de não corresponder. O acolhimento psicológico nesse momento ajuda a reduzir o estresse e reorganizar o foco atencional, o que pode fazer diferença no desempenho e no bem-estar durante a prova”, explica a profissional.

O projeto inclui técnicas para autorregulação emocional com dicas para iniciar a Redação e conduzir a prova de uma forma mais tranquila. O atendimento também é destinado a pessoas que sofrem com ansiedade, oferecendo acolhimento psicológico.

O ‘ Acolhe ENEM ’ reforça a importância do cuidado emocional como parte da inclusão, oferecendo um ambiente seguro e empático em que o estudante possa expressar suas angústias, reconhecer suas potencialidades e se sentir mais preparado para o ENEM.

“Não se trata apenas de preparar para uma prova, mas de reconhecer modos diversos de estar e aprender no mundo”, conclui a profissional.

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