Publicado em 11/11/2025 às 12h39.

Eliete Paraguassu aponta ‘perseguição política’ em processo disciplinar no Conselho de Ética

Órgão acolheu nesta semana uma denuncia feita pelo vereador Cláudio Tinoco contra a vereadora por “denunciação caluniosa”

Carolina Papa
Foto: Carolina Papa / bahia.ba

 

A vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) se tornou, nesta semana, alvo de um processo ético-disciplinar no Conselho de Ética da Câmara Municipal de Salvador (CMS) após o órgão acolher uma denúncia feita pelo vereador Cláudio Tinoco (União Brasil) por uma suposta “denunciação caluniosa”.

A medida tem tem como origem uma denúncia feita pela parlamentar contra Cláudio Tinoco por suposto racismo e violência política de gênero e raça. Em nota, o Mandato Popular das Águas, liderado por Eliete Paraguassu, afirmou que o processo representa uma tentativa de intimidação e perseguição política.

“A perseguição sistemática contra Eliete Paraguassu visa silenciar, criminalizar e desumanizar uma mulher negra, quilombola, marisqueira e defensora dos direitos humanos e dos territórios tradicionais, que hoje ocupa uma cadeira na Câmara Municipal de Salvador. Trata-se de um procedimento intencional de tortura psicológica, uma tentativa orquestrada de minar sua saúde mental, isolar sua atuação política e desacreditar a potência coletiva que seu mandato representa para o povo das águas, das mulheres negras e das comunidades tradicionais da Bahia”, diz o comunicado.

“O Mandato Popular das Águas vai seguir firme. Estamos de pé e continuaremos combatendo e denunciando todas as formas de machismo, de racismo e de toda discriminação que está estabelecida. Não dá mais para aceitarmos que, na capital afro do país, sigamos vivenciando essas violências cotidianas. Eu sou uma vereadora, com os mesmo direitos que os demais 42 parlamentares desta Câmara, e exijo respeito, porque eu respeito a todas e todos, e não irão me silenciar”, acrescenta a vereadora.

O caso teve início em 22 de maio de 2025, durante uma sessão ordinária que discutia o projeto de lei sobre o piso salarial dos servidores municipais. Na ocasião, segundo relato de Eliete, o vereador Tinoco teria se dirigido a ela de forma desrespeitosa.

À época, a vereadora registrou ocorrência na Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa (DECRIN).

Carolina Papa
Jornalista. Repórter de política, mas escreve também sobre outras editorias, como cultura e cidade. É apaixonada por entretenimento, música e cultura pop. Na vida profissional, tem experiência nas áreas de assessoria de comunicação, redação e social media.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Settings ou consulte nossa política.