Publicado em 12/11/2025 às 16h41.

Aplicativos de relacionamento LGBTQIA+ são retirados das lojas virtuais

O governo fala “ordem oficial”, e decisão gera críticas de ativistas

Redação
Foto: conflgbtqia.org/ Reprodução

 

Usuários de aplicativos de relacionamento voltados ao público LGBTQIA+ foram surpreendidos com a remoção dos apps Blued e Finka das lojas virtuais na China.

Segundo a Apple, a decisão atendeu a uma ordem da Administração do Ciberespaço da China (CAC), que determinou a exclusão dos aplicativos apenas da App Store chinesa.

O Google também retirou os apps da Play Store local. A Apple afirmou que “respeita as leis dos países em que opera”.

Os dois aplicativos, com sede em Hong Kong, pertencem ao mesmo grupo e permanecem acessíveis apenas em aparelhos onde já estavam instalados.

A remoção ocorre após a CAC anunciar uma campanha para investigar plataformas acusadas de promover “visões negativas da vida”.

Ativistas e defensores dos direitos LGBTQIA+ classificaram a medida como “inesperada” e “sem explicação oficial”.

O advogado Zhao Hu e o ativista Hu Zhijun, da organização PFLAG China, criticaram a decisão e afirmaram que os aplicativos “ajudavam homens gays a ter uma vida mais estável e encontrar parceiros”.

Nos últimos anos, o governo de Xi Jinping tem ampliado restrições à comunidade LGBTQIA+, com censura a conteúdos, cancelamento de eventos e bloqueio de plataformas, bem como o casamento homoafetivo, que segue ilegal no país.

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