Publicado em 21/11/2025 às 19h26.

Governo publica lista de expressões consideradas racistas; saiba quais

Termos entram em lista de linguagem vedada após portaria do AGU

Edgar Luz
Foto: Ilustrativa/Freepik

 

O Governo brasileiro deu um novo passo na regulamentação da comunicação administrativa. Nesta sexta-feira (21), a Advocacia-Geral da União (AGU) publicou no Diário Oficial da União uma portaria com a lista de expressões racistas ou associadas a preconceitos históricos que não devem mais constar em documentos, comunicações internas e pronunciamentos da Procuradoria-Geral Federal (PGF).

Entre os 17 termos desaconselhados estão expressões comuns no vocabulário brasileiro, como “mercado negro”, “meia-tigela”, “humor negro”, “a coisa está preta” e o uso genérico de “índio”. A diretriz orienta que as palavras sejam substituídas por alternativas mais adequadas ao contexto, como “mercado ilícito” e “indígena” ou o nome da etnia específica.

O texto também alerta para o uso de microagressões, metáforas inadequadas e estereótipos que reforçam hierarquias raciais, indicando ajustes recomendados para cada caso. As orientações serão revistas após a publicação de um protocolo mais amplo da AGU sobre gênero, raça e etnia.

Em situações em que tais expressões forem utilizadas, a portaria prevê medidas educativas, como orientação individual, participação em cursos de letramento racial e acesso a materiais formativos, com foco na promoção de uma comunicação pública mais responsável e inclusiva.

Entre os termos a serem evitados estão:

  • “a coisa está preta”;
  • “baianada”;
  • “boçal/boçalidade”;
  • “cor de pele”, para tons de bege;
  • “denegrir”;
  • “dia de branco”;
  • “escravo”, devendo ser substituído por “pessoa escravizada”;
  • “humor negro”, substituir por “humor ácido”, “humor macabro”, entre outros;
  • “índio”, substituir por “indígena” (ou pela etnia específica);
  • “lista negra”, substituir por “lista proibida”, “lista suja”, “lista restrita”;
  • “magia negra”;
  • “meia-tigela”, quando usado de forma metafórica;
  • “mercado negro”, substituir por “mercado ilícito”, “mercado sujo”;
  • “mulato/mulata”;
  • “não sou tuas negas”;
  • “ovelha negra”;
  • “samba do crioulo doido”.
Edgar Luz
Jornalista, apaixonado por comunicação e cultura, pós-graduando em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Atualmente integra as redações do Bahia.ba e do BNews, escrevendo principalmente sobre entretenimento, mas transitando também por outras editorias. Com passagens pelos portais Salvador Entretenimento e Voz da Cidade, tem experiência em reportagem, assessoria e Social Media.
Temas: termos , antirracismo

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