Publicado em 25/11/2025 às 08h14.

Praça no Pelourinho pode ganhar novo nome em homenagem ao criador do samba-reggae 

Projeto para renomear Praça das Artes foi enviado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) à ALBA nesta segunda (24)

Raquel Franco
Foto: Divulgação

 

A atual Praça das Artes, Cultura e Memória, localizada no Bairro do Pelourinho, deve passar a se chamar Praça das Artes Mestre Neguinho do Samba. O Projeto de Lei (PL) de nº 26.047/2025, enviado à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) nesta segunda-feira (24), propõe a mudança do nome de uma das principais praças do Centro Histórico de Salvador.

Segundo o texto da proposta, a mudança é uma homenagem póstuma e reconhecimento da trajetória de Mestre Neguinho do Samba, figura fundamental para a cultura baiana e brasileira, sendo o criador do samba-reggae.

Na justificativa do projeto, o governador ressalta a importância da medida para perpetuar a trajetória artística e sociocultural do Mestre, cuja obra “marcou de forma decisiva a identidade cultural de Salvador e da Bahia”

Neguinho do Samba trouxe inovação musical e deu origem a um dos ritmos mais emblemáticos do carnaval e da cultura afro-baiana.O documento destaca que o artista era morador do Pelourinho e atuou como protagonista no movimento criativo que impulsionou a revitalização do bairro.

A iniciativa simboliza o reconhecimento ao papel histórico do Mestre na formação do patrimônio imaterial da Bahia, reafirmando o compromisso com a promoção da cultura popular.

O governador pediu apreciação da Casa em regime de urgência. Após a aprovação pelas comissões, o projeto será votado em plenário pelos deputados estaduais. 

Quem foi Mestre Neguinho do Samba

Mestre Neguinho do Samba, o Antônio Luís Alves de Souza, foi o idealizador e um dos fundadores do Bloco Afro Olodum. Ele é amplamente creditado pela criação do samba-reggae, um ritmo que fundiu a base percussiva do samba com elementos do reggae e da música africana, tornando-se uma marca registrada de Salvador. Sua contribuição transcendeu a música, sendo um importante agente na valorização da cultura afro-brasileira e na reocupação artística e social do Pelourinho.

Raquel Franco
Natural de Brasília, formou-se em produção em comunicação e cultura e em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Também é fotógrafa formada pelo Labfoto. Foi trainee de jornalismo ambiental na Folha de S.Paulo.

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