Publicado em 26/11/2025 às 18h20.

Kiki diz que pesquisa confirma ‘fadiga do PT’ e vê governo Jerônimo perdido

Para Kiki, o levantamento representa um recorte momentâneo, mas traz sinais que considera significativos

André Souza
Foto: André Souza/bahia.ba

 

O líder do governo na Câmara Municipal de Salvador, vereador Kiki Bispo (União Brasil), afirmou nesta quarta-feira (26) em entrevista ao bahia.ba que o resultado da pesquisa Real Time Big Data que mostra ACM Neto (União Brasil) com 44% das intenções de voto contra 35% do governador Jerônimo Rodrigues (PT) reflete um “sentimento de mudança” consolidado no estado e um desgaste acumulado de duas décadas de governos petistas.

Para Kiki, o levantamento representa um recorte momentâneo, mas traz sinais que considera significativos. “É um retrato de momento, e é de momento. A gente comemora porque estamos à frente, mas ela deixa alguns dados importantes. O primeiro é Neto estar à frente de um governador que está na cadeira. Quando ele começa uma série de pesquisas ficando atrás de Neto, é sinal de que o governo dele não está bem avaliado”, afirmou.

O vereador frisou que, além da vantagem do ex-prefeito, a pesquisa identificou avaliação negativa da gestão atual. “O governo dele está muito mal avaliado. E também é de ressaltar a fadiga da gestão do PT. São 20 anos, e isso causa cansaço”, disse. Segundo Kiki, o resultado está alinhado ao clima observado tanto na capital quanto no interior. “As últimas pesquisas têm estado de acordo com o que vem das ruas, que é o sentimento de mudança.”

Ele chegou a comparar a situação do governador a com a fila da regulação. “Se fosse para fazer uma análise técnica minha, eu diria que a candidatura à reeleição do governador Jerônimo Rodrigues está, nesse momento, na fila da regulação.”

Críticas a Jerônimo e comparação com outras gestões do PT

Kiki classificou o governo Jerônimo como o “mais frágil” ciclo petista no estado. “É um governo perdido, sem rumo, com pouquíssimas realizações em três anos de gestão. Podia estar surfando numa sucessão de governos do PT, mas está muito aquém das expectativas da Bahia”, afirmou.

O vereador elencou áreas que, segundo ele, mostram piora no estado: “Regulação cada vez pior, ferry-boat pior, segurança pública em caos, a Bahia liderando os piores índices do Brasil. Desenvolvimento econômico não sai do lugar”, criticou. Para ele, o governador não entregou o que prometeu na campanha. “A Bahia tem cobrado e tem dado as respostas quando é perguntada nas pesquisas.”

Pesquisas e cautela após o cenário de 2022

Questionado sobre a confiabilidade da pesquisa a mesma que, em 2022, indicou vitória de ACM Neto no primeiro turno, o vereador reconheceu que nenhum levantamento é definitivo, mas disse que o grupo acompanha de perto as tendências. “As pesquisas não são absolutas. Erraram em 2022 e em tantas outras eleições. Mas qualquer grupo político tem um balizador. Você faz um balanço daquilo que o povo está pensando.”

Kiki afirmou que o bloco oposicionista usa os números como orientação, mas não como garantia. “É um norteador, mas não define a candidatura. Estamos apontando os equívocos da gestão do PT e fazendo uma oposição muito mais ferrenha hoje. Estamos corrigindo qualquer equívoco de 2022”, disse. Ele afirmou que o cenário nacional também favorece o grupo. “Esses aspectos vão nos colocar em uma condição de competitividade muito grande. É isso que buscamos.”

No cenário mostrado pela Real Time Big Data, além de ACM Neto (44%) e Jerônimo Rodrigues (35%), José Carlos Aleluia (Novo) aparece com 3% e Kleber Rosa (PSOL) com 2%. Votos brancos e nulos somam 10%, e 6% não souberam responder.

André Souza
Jornalista com experiência nas editorias de esporte e política, com passagens pela Premier League Brasil, Varela Net e Prefeitura Municipal de Laje. Apaixonado por esportes e música, atualmente trabalha como repórter de Política no portal bahia.ba.

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