Publicado em 26/11/2025 às 17h50.

Sanches acusa governo de falta de quórum e diz que oposição está fazendo o que precisa ser feito

Para parlamentar, situação expôs falta de articulação da base governista e a insatisfação interna entre aliados do Executivo

Otávio Queiroz / Luana Neiva
Foto: Luana Neiva/ bahia.ba

 

A sessão desta quarta-feira (26) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) terminou de maneira atípica após um pedido de verificação de quórum derrubar os trabalhos. Para o deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), a situação expôs a falta de articulação da base governista e a insatisfação interna entre aliados do Executivo.

Segundo o parlamentar, a bancada de oposição compareceu mobilizada após uma reunião com ACM Neto (União Brasil). Ele afirma que o encontro serviu para ajustar estratégias e reforçar o compromisso dos oposicionistas em cobrar o governo.

“A bancada hoje veio disposta a fazer os questionamentos necessários. Eles chamaram para uma votação, nós viemos até num dia que não é tão comum, porque terça é o dia tradicional. E basta a gente fazer o nosso trabalho”, disse.

Alan afirmou ainda que o problema registrado no plenário, que contou com apenas 14 deputados da base, demonstra um desgaste crescente entre os parlamentares que apoiam o governo.

“Existe uma insatisfação muito grande. É o que a gente escuta aqui no corredor. Quem sou eu para falar da bancada de ninguém, mas é o que se escuta: a insatisfação de vários deputados estaduais da base. Hoje, eles não tiveram condição nem de iniciar um debate”, declarou.

Cenário nacional

O deputado também comentou as declarações recentes do senador Ciro Nogueira (PP), que defendeu que o candidato da direita em 2026 deve assumir publicamente o compromisso de defender Jair Bolsonaro (PL), incluindo a possibilidade de indulto ao ex-presidente. Segundo ele, o posicionamento não altera o cenário interno da oposição baiana, mas representa uma realidade eleitoral.

Para Alan, o bolsonarismo permanece como força relevante no país, e qualquer candidato do campo conservador precisará reconhecer esse peso. “Eu também concordo. Respeitamos as decisões judiciais, mas acho que houve diversos exageros. Cometeram algumas injustiças, não só com Bolsonaro, mas com todos os personagens envolvidos”, afirmou.

Ele defendeu que assumir esse discurso não significa adotar radicalismos, mas compreender o eleitorado. “Quem quer carregar os 30% que o bolsonarismo tem no Brasil vai precisar assumir esse discurso. O candidato não precisa ser extremista, mas precisa entender o espaço das pessoas”, completou.

Otávio Queiroz
Soteropolitano com 7 anos de experiência em comunicação e mídias digitais, incluindo rádio, revistas, sites e assessoria de imprensa. Aqui, eu falo sobre Cidades e Cotidiano.

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