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Publicado em 15/12/2025 às 16h42.

Kiki Bispo defende cautela e mais debate sobre projeto que restringe eventos na orla de Salvador

Para vereador, texto impacta diretamente diferentes setores da cidade e exige 'amadurecimento' do diálogo na Câmara

Otávio Queiroz / André Souza
Foto: Rodrigo Fernandes/bahia.ba

 

O líder do governo na Câmara Municipal de Salvador, vereador Kiki Bispo (União Brasil), defendeu, nesta segunda-feira (15), cautela na tramitação do projeto de lei que propõe restringir a realização de eventos e o uso de equipamentos sonoros na orla da capital baiana. Para o parlamentar, a proposta exige diálogo e amadurecimento antes de qualquer deliberação definitiva.

Segundo Kiki, trata-se de um tema complexo, que impacta diretamente diferentes setores da cidade, especialmente a indústria do entretenimento. “É um projeto complexo e precisa de diálogo. Existem pontos que precisam ser amadurecidos e outros debatidos. A Barra, por exemplo, é um cartão-postal da cidade e concentra muitos eventos. A Câmara precisa cumprir seu papel, que é dialogar com todos os segmentos”, afirmou.

O vereador destacou ainda que Salvador vive um novo momento no setor de eventos, com atividades espalhadas por diversas regiões da cidade, o que deve ser levado em consideração durante a discussão do projeto. “Hoje, Salvador pulsa. Tem corrida no Comércio, em Itapuã, em Cajazeiras. A cidade vive um novo momento e a Câmara precisa estar antenada e preparada para discutir esse cenário”, completou.

Na avaliação do líder do governo, uma alternativa possível seria ampliar e diversificar os espaços destinados a eventos, reduzindo a concentração das atividades na orla. Para ele, a descentralização pode contribuir tanto para o fortalecimento da economia criativa quanto para a redução de conflitos com moradores das áreas mais afetadas.

O projeto

O projeto em debate é de autoria do vereador Maurício Trindade (MDB) e estabelece restrições à realização de eventos com carros de som, trios elétricos ou caixas amplificadas em ruas perpendiculares à orla e praias da cidade, além de proibir a instalação de palcos, arquibancadas e estruturas semelhantes nessas áreas.

A proposta prevê exceções apenas para eventos tradicionais do calendário de Salvador, como Carnaval, Pôr do Som, Furdunço, Fuzuê e Marcha para Jesus, além de permitir até três eventos extras por ano, desde que considerados prioritários ou emergenciais pela Prefeitura. As penalidades previstas incluem multas que variam de R$ 1 mil a R$ 5 mil, além da possibilidade de apreensão de equipamentos e veículos utilizados de forma irregular.

Otávio Queiroz
Soteropolitano com 7 anos de experiência em comunicação e mídias digitais, incluindo rádio, revistas, sites e assessoria de imprensa. Aqui, eu falo sobre Cidades e Cotidiano.

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