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Publicado em 15/12/2025 às 21h00.

Prisco diz não se arrepender de greves e afirma que mobilizações trouxeram avanços à PM

Soldado declarou que já esteve à frente de 14 greves ao longo da carreira, incluindo as mais marcantes ocorridas na Bahia, nos anos de 2001 e 2012

Otávio Queiroz
Foto: Reprodução/YouTube

 

O suplente de vereador em Salvador e ex-deputado estadual Prisco afirmou que não se arrepende de ter liderado ou participado dos principais movimentos grevistas da Polícia Militar da Bahia (PM), apesar das críticas que recebe até hoje. Em entrevista ao Politiquestion, podcast do bahia.ba, nesta segunda-feira (15), ele declarou que já esteve à frente de 14 greves ao longo da carreira, incluindo as mais marcantes ocorridas na Bahia, nos anos de 2001 e 2012.

Segundo Prisco, as mobilizações tiveram como objetivo central a melhoria das condições de trabalho e da segurança pública no estado. Ele destacou que chegou a ser preso cinco vezes em razão da atuação sindical, mas reforçou que nunca cometeu crimes.

“Não tenho vergonha de dizer isso porque não cometi crime nenhum. Muito pelo contrário, a nossa luta sempre foi por uma segurança pública melhor. Se não tivéssemos feito nada no passado, é provável que as coisas estivessem pior hoje”, afirmou.

Ao comentar os resultados da greve de 2012, frequentemente associada ao aumento da violência e ao crescimento do número de mortes durante o período, o ex-deputado defendeu que a corporação obteve conquistas importantes. De acordo com ele, antes das mobilizações, os policiais não contavam com direitos básicos, como auxílio-transporte, fardamento adequado e condições mínimas de trabalho.

“Não tínhamos respeito. O policial era tratado como um escravo. Hoje, o governo senta para conversar com a categoria, o que não acontecia no passado”, disse.

Prisco também rebateu as críticas que responsabilizam diretamente as greves pelas mortes registradas durante os movimentos. Ele afirmou que os números são utilizados de forma distorcida e comparou com o cenário atual da capital baiana.

“Foram 128 mortes naquele período. Muitos dizem que foi por culpa da greve. Mentira. Hoje, em Salvador, em um final de semana, chega-se a cerca de 45 mortes, sem contar o interior do estado”, argumentou.

Otávio Queiroz
Soteropolitano com 7 anos de experiência em comunicação e mídias digitais, incluindo rádio, revistas, sites e assessoria de imprensa. Aqui, eu falo sobre Cidades e Cotidiano.

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