.
Publicado em 19/12/2025 às 12h07.

Jerônimo sai em defesa de Wagner após crise no PT por PL da Dosimetria

Governador destaca lealdade de senador e prega respeito à sua trajetória política

Raquel Franco / Heber Araújo
Foto: Adriel Francisco / Ascom Jerônimo Rodrigues

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), saiu em defesa do senador e líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), após a série de críticas que o parlamentar recebeu da cúpula nacional do PT. O estopim da crise foi a articulação de Wagner para acelerar a votação do PL da Dosimetria (PL 2.162/2023), aprovado no Senado nesta quarta-feira (17).

Em entrevista nesta sexta-feira (19) durante viagem teste do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), Jerônimo buscou blindar o aliado histórico, afirmando que a conduta de Wagner como articulador é pautada pela experiência e lealdade ao projeto político. “Eu fico muito tranquilo quando as coisas saem da boca ou da atitude de Jaques Wagner. Nós conhecemos Wagner há quase 20 anos e sabemos a prática dele”, afirmou o governador.

A movimentação de Wagner gerou reação da presidente nacional do PT e ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que classificou a condução como um “erro lamentável” e um “retrocesso na proteção da democracia”. O projeto reduz penas para condenados pelos atos de 8 de janeiro e altera regras de progressão de regime.

Mesmo diante do clima tenso em Brasília, Jerônimo minimizou o embate e reforçou a confiança no senador. “Ninguém pode pôr em xeque a palavra e a atitude de Jaques Wagner no interesse de ajudar a Bahia e o Brasil. A palavra dele tem que ser respeitada”, disse o governador, ressaltando que o diálogo de Wagner com o presidente Lula (PT) e com o Senado visa a “construção”.

O governador baiano sugeriu que o Congresso Nacional deveria observar a atuação da bancada da Bahia, citando também os senadores Otto Alencar (PSD) e Angelo Coronel (PSD). Para Jerônimo, os representantes baianos exercem uma “boa prática” política necessária ao equilíbrio atual do país.

Segundo Wagner, o acordo foi estritamente de “procedimento”, visando destravar pautas econômicas prioritárias para o Governo Federal, e não de “mérito”, mantendo-se pessoalmente contrário ao conteúdo que beneficia os envolvidos nos atos antidemocráticos.

Raquel Franco
Natural de Brasília, formou-se em produção em comunicação e cultura e em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Também é fotógrafa formada pelo Labfoto. Foi trainee de jornalismo ambiental na Folha de S.Paulo.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Settings ou consulte nossa política.