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Publicado em 21/12/2025 às 15h50.

Suspeito de matar funcionários de operadora havia deixado presídio meses antes

Integrante do BDM morreu em confronto com a polícia e outro suspeito foi preso durante operação em Salvador

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

O traficante do Bonde do Maluco (BDM), Jeferson Caíque Nunes dos Santos, conhecido como “Badalo”, apontado como um dos autores do assassinato de três funcionários de uma empresa de internet em Salvador, havia deixado o presídio da capital baiana em outubro deste ano. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), horas após a morte dele em confronto com policiais civis.

As vítimas foram identificadas como Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos, Jackson Santos Macedo, de 41, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, de 28. Os três foram encontrados mortos na terça-feira (16), no bairro Alto do Cabrito, no subúrbio de Salvador.

Além da morte de Jeferson Caíque, outro homem suspeito de envolvimento no crime foi preso neste domingo. A TV Bahia apurou que se trata de Jonatas Amorim Nascimento.

Segundo a SSP-BA, Jeferson Caíque já havia sido preso por roubo a banco com uso de explosivos e tráfico de drogas. Ele cumpria pena no Complexo Penitenciário de Mata Escura e obteve liberdade por meio de livramento condicional.

O suspeito morto era apontado como um dos responsáveis diretos pela execução das vítimas. Com ele, a polícia encontrou o celular de uma das pessoas assassinadas.

De acordo com a Polícia Civil, a morte de Jeferson Caíque e a prisão de Jonatas ocorreram durante a Operação Signum Fractum, coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com ações em quatro bairros da capital.

Durante a operação, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos bairros de Marechal Rondon, São Marcos, Campinas de Pirajá e Massaranduba. Em Campinas de Pirajá, um ponto de comercialização de drogas, na localidade conhecida como “Osório”, foi desarticulado. No imóvel, foram apreendidas porções de maconha, balanças de precisão e materiais usados para acondicionar entorpecentes.

A Polícia Civil informou que a principal linha de investigação aponta para uma retaliação da facção criminosa que atua em Marechal Rondon, sob a suspeita de que os funcionários estariam instalando câmeras de vigilância na região.

Antes disso, a polícia também investigava a hipótese de que os trabalhadores teriam sido mortos por suposta recusa da empresa em pagar uma taxa exigida por traficantes para atuar no bairro. A Planet Internet, no entanto, negou ter sido ameaçada ou cobrada.

Ricardo Antônio, Jackson Macedo e Patrick Vinícius usavam fardamentos da empresa e se preparavam para realizar um serviço no bairro de Marechal Rondon quando foram mortos, com marcas de tiros e com mãos e pés amarrados.

A operação contou com a participação de policiais do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). Mais de 50 policiais atuaram na ação.

As forças de segurança informaram que as ações de inteligência da Polícia Civil e o policiamento ostensivo da Polícia Militar seguem reforçados por tempo indeterminado na região de Marechal Rondon.

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