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Publicado em 22/12/2025 às 14h58.

Rosemberg rebate oposição e diz que empréstimos não ampliam endividamento da Bahia

Deputado disse que o Estado possui hoje um dos menores índices de comprometimento da capacidade de endividamento entre as unidades da federação

André Souza / Lula Bonfim
Foto: Luana Neiva / bahia.ba

 

O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Rosemberg Pinto (PT), afirmou que as operações de crédito contratadas pelo governo estadual não aumentam o nível de endividamento da Bahia e criticou o que classificou como falta de detalhamento técnico por parte da oposição ao tratar do tema.

Durante almoço com a imprensa, Rosemberg disse que o Estado possui hoje um dos menores índices de comprometimento da capacidade de endividamento entre as unidades da federação.“A Bahia tem um comprometimento de 0,33% da sua capacidade de endividamento. A capacidade de endividamento de um Estado é duas vezes o seu orçamento global”, afirmou.

Segundo o deputado, o percentual baiano está muito abaixo do registrado em outros estados. Ele citou o Rio de Janeiro, com cerca de 1,95%, o Rio Grande do Sul, com 1,96%, e Minas Gerais, que, segundo ele, se aproxima desse patamar.

De acordo com Rosemberg, além de baixo, o endividamento da Bahia está em trajetória de queda, devido ao pagamento regular da dívida pública. “Nós estamos pagando corretamente, e há uma perspectiva de diminuição desse endividamento. Não é de aumentar. Se eu estou em trajetória descendente e tomo um empréstimo, eu estou equilibrando, não aumentando o endividamento do Estado. É só fazer a conta”, disse.

O líder governista também explicou uma operação de crédito de cerca de R$ 4 bilhões aprovada recentemente pela ALBA, alvo de críticas da oposição. Segundo ele, a medida não teve como objetivo a entrada de novos recursos no caixa do governo, mas a reestruturação da dívida existente. “Essa operação não era para receber dinheiro novo. Foi uma operação para sair de um endividamento com juros mais altos e prazo menor. Encontramos juros menores, pegamos esse recurso e quitamos uma dívida mais cara, com prazo mais elástico”, afirmou.

Para Rosemberg, trata-se de uma operação financeira vantajosa para o Estado, mas que, segundo ele, vem sendo tratada de forma distorcida pelos adversários políticos. “Na conta da oposição isso aparece como empréstimo, mas não é. É uma operação em que o Estado está ganhando. O problema é que não se entra no detalhamento das coisas”, disse.

O deputado também rejeitou a crítica de que os parlamentares não teriam sido informados adequadamente sobre as operações de crédito votadas na Casa. “Nenhum deputado pode dizer que desconheceu alguma coisa. Eu converso com deputados da oposição e do governo e explico essas questões sempre que sou provocado”, afirmou.

As operações de crédito do governo da Bahia têm sido um dos principais pontos de ataque da oposição na ALBA, que questiona o volume de empréstimos autorizados pelo Legislativo e cobra maior transparência sobre os impactos fiscais de longo prazo.

 

André Souza
Jornalista com experiência nas editorias de esporte e política, com passagens pela Premier League Brasil, Varela Net e Prefeitura Municipal de Laje. Apaixonado por esportes e música, atualmente trabalha como repórter de Política no portal bahia.ba.

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