Prefeito rebate críticas a cachês de artistas e diz que festival é investimento para a cidade

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), rebateu neste sábado (27) as críticas aos valores dos cachês pagos aos artistas que se apresentam no Festival Virada Salvador, principal evento de réveillon da capital baiana. Segundo ele, os recursos destinados às atrações não representam prejuízo aos cofres públicos e devem ser encarados como investimento.

Em entrevista coletiva na primeira noite do festival, na arena O Canto da Cidade, na Boca do Rio, o prefeito afirmou que a maior parte dos cachês é custeada por meio de patrocínios privados. “Primeiro que eu consegui patrocínio, quase que custeia todos os cachês. Então, na prática, são recursos privados”, disse.

Bruno Reis argumentou que, além da participação da iniciativa privada, o evento gera retorno financeiro e econômico para a cidade. De acordo com ele, o impacto positivo se reflete na ocupação da rede hoteleira, no aumento do consumo em bares e restaurantes e na geração de emprego e renda durante o período.

“O que a gente ganha na promoção da imagem, na geração de emprego e renda, com hotéis lotados, bares e restaurantes cheios, pessoas consumindo nossos produtos típicos, acaba fazendo com que, no final do dia, um evento como esse se torne investimento”, afirmou. Segundo o prefeito, a arrecadação gerada indiretamente supera as despesas do poder público com a realização do festival.

O chefe do Executivo municipal também associou a realização do evento ao momento econômico e social vivido pela população. Para ele, o festival cumpre um papel simbólico ao encerrar um ano marcado por dificuldades. “O ano de 2025 foi difícil para todo mundo, com muitas batalhas, desafios e problemas. Às vezes, a gente precisa disso: um momento de alegria, de felicidade, de diversão, para fechar um ciclo e iniciar outro”, disse.

O Festival Virada Salvador reúne artistas de diferentes gêneros musicais e segue até o dia 31 de dezembro. A gestão municipal tem defendido o evento como uma das principais vitrines turísticas da cidade, enquanto críticos questionam os valores envolvidos na contratação das atrações.