Bolsonaro tem piora na saúde e deve passar o Réveillon hospitalizado

O quadro de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou agravamento na madrugada desta segunda-feira (29), durante internação no Hospital DF Star, em Brasília. Segundo relato do ex-vereador Carlos Bolsonaro, o pai enfrentou um episódio de pressão arterial elevada, o que exigiu intervenção médica imediata e levou à avaliação de um novo procedimento cirúrgico ainda hoje.

De acordo com Carlos, a equipe médica trabalha para conter uma crise persistente de soluços, que não foi resolvida após uma primeira intervenção realizada no fim de semana. O novo procedimento tem como objetivo interromper os estímulos nervosos responsáveis pelas contrações involuntárias do diafragma.

“O início da madrugada de hoje foi de muita preocupação ao acompanhar meu pai. Sua pressão arterial estava altíssima e, mais uma vez, os médicos precisaram intervir para controlar o quadro e avaliar a possibilidade de uma nova cirurgia hoje para tentar cessar os soluços”, afirmou Carlos Bolsonaro.

A equipe médica optou por realizar um bloqueio anestésico do nervo frênico esquerdo, técnica utilizada para tratar casos de soluços crônicos. No último sábado (27), o mesmo procedimento foi feito no lado direito, sem sucesso.

A intervenção consiste em uma radiointervenção com anestesia local para interromper o estímulo nervoso que provoca as contrações involuntárias do diafragma.

Virada do ano no hospital

Diante da instabilidade clínica e da necessidade de observação após o novo procedimento, a expectativa é que Bolsonaro permaneça internado durante a virada do ano.

O ministro Alexandre de Moraes autorizou o revezamento de acompanhantes no hospital, entre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e Carlos.

Michelle também se manifestou publicamente, pediu orações e confirmou que o marido apresenta uma piora no estado de saúde, exigindo cuidados rigorosos e monitoramento contínuo.

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão na Superintendência da Polícia Federal, após condenação, e havia recebido autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para deixar a custódia temporariamente e realizar uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral.

No entanto, o surgimento de complicações respiratórias e gástricas ampliou o período de internação e elevou o nível de atenção médica.