Causas da recessão foram revertidas, diz Meirelles na China
O ministro comentou que, com a chegada do governo Temer, as condições que levaram a economia para a recessão começaram a ser revertidas
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avalia que o fim do julgamento do impeachment, com a consequente confirmação de Michel Temer na Presidência, reforça o processo de reversão das condições que levaram o Brasil para a recessão. “A boa notícia é que as causas de tudo isso (do período recessivo) foram revertidas”, disse no Seminário Brasil – China, realizado em Xangai, capital financeira chinesa nesta sexta-feira, 2.
Em palestra, Meirelles comentou que o processo de deterioração da economia brasileira ao longo dos últimos trimestres tornou-se agudo à medida que os agentes econômicos entenderam que “aquele governo (de Dilma Rousseff) não se sustentaria”.
O ministro comentou que, com a chegada do governo Temer, medidas foram anunciadas e as condições que levaram a economia para a recessão começaram a ser revertidas. “O novo governo assumiu de forma totalmente democrática, em um processo presidido pelo Supremo e dentro das normas constitucionais. Isso fez com que a confiança dos agentes econômicos passasse a ser retomada rapidamente”.
Agora confirmado pelo Senado, o novo governo tem cinco compromissos principais na economia, disse o ministro. “O primeiro é com o cenário macroeconômico estável. O grande primeiro movimento é assegurar a estabilidade da economia brasileira, começando por restaurar o equilíbrio das contas públicas”, disse. Em seguida, outro compromisso é reduzir o tamanho do Estado, já que a máquina pública passou a exigir cada vez mais recursos, ao mesmo tempo em que houve aumento da ociosidade.
Em terceiro na lista de compromissos da equipe econômica de Michel Temer, está a implantação das reformas estruturais. Em seguida, também estão listados o reforço do papel das agências regulatórias e a criação de um ambiente de negócios mais amigável.
Investimento – Na percepção de Meirelles, a expectativa de manutenção do governo Michel Temer já gera efeito positivo na melhora da confiança e do investimento. Um dos sinais mais evidentes desse fenômeno é a reação do investimento na economia, argumenta o ministro da Fazenda.
Ao comentar as ações já propostas pelo governo Temer ainda no período da interinidade, Meirelles disse que “uma das medidas mais importantes é a que estabelece um teto para as despesas públicas de maneira que as despesas passem a cair como porcentual do Produto Interno Bruto”.
“É importante mencionar que isso tem gerado muito confiança na economia, seja dos industriais, nos serviços e no comércio. A reta do crescimento (da confiança) nos últimos meses é pronunciada”, disse.
Diante desse ambiente de retomada da confiança, Meirelles comentou os novos números do PIB do segundo trimestre, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que mostram reação do investimento.
“O investimento está sendo retomado. Esse é o primeiro setor da atividade econômica que reagiu”, disse Meirelles, em tom de comemoração. “Quando vemos dados do último trimestre, nós vamos ver que a indústria subiu um pouco, o consumo ainda não subiu, alguns setores ainda caem, mas o investimento já subiu. É um sinal claro de que a economia brasileira está crescendo.”
US$ 296 bilhões – No esforço de convencimento para que chineses aloquem mais recursos no Brasil, o ministro da Fazenda afirmou que há perspectiva de até US$ 296 bilhões em investimentos na economia brasileira entre 2016 e 2019. Para o ministro, o Brasil tem uma grande vantagem que é não contar com conflitos “políticos e religiosos”.
Durante palestra no Seminário Brasil – China, em Xangai, Meirelles apresentou a soma de quase US$ 300 bilhões num quadro sobre o potencial para investimento em algumas áreas. Entre os segmentos, estão petróleo e gás, energia, ferrovias, telecomunicações, estradas, saneamento, aeroportos e mobilidade urbana.
Meirelles frisou que, ao contrário de outros países emergentes e muitas das economias desenvolvidas, o Brasil continua com demanda por serviços melhores. Isso gera um grande mercado para novas infraestruturas e evita algumas cenas como ferrovias subutilizadas ou aeroportos sem voos.
O ministro citou nominalmente cinco grandes condições que oferecem oportunidades ao investidor: 1) mercado grande e em expansão de bens e serviços; 2) oportunidades enormes em infraestrutura; 3) exploração de mineração; 4) exploração de petróleo e gás; e 5) expansão da área cultivada agrícola.
No discurso para tentar convencer mais chineses a investir no Brasil, Meirelles resumiu o Brasil como “país seguro e estável”. “Não há conflito políticos e religiosos. Agora, tivemos mudança em paz dentro das regras da Constituição.”
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