Para o governo, resultado sepulta discurso do golpe
Na opinião do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, as eleições municipais podem ser entendidas também como uma aprovação ao governo federal
O Palácio do Planalto avaliou que o resultado das eleições municipais legitima o governo do presidente Michel Temer. Para o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a ampla vitória de partidos da base aliada dá fôlego às medidas da equipe econômica do governo e “sepulta” as contestações à gestão que assumiu após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Essa eleição sepulta qualquer tipo de contestação, seja sob o ponto de vista institucional, de legitimidade, ou de programa de governo”, afirmou Padilha ao Estado.
O ministro rebateu críticas da oposição de que o atual programa de Temer não foi aprovado pelos eleitores quando o então candidato a vice-presidente se elegeu, juntamente com Dilma. Na opinião de Padilha, as eleições municipais podem ser entendidas também como uma aprovação ao governo federal.
‘Onde mora o cidadão? É no município. A sociedade, ao votar maciçamente nos candidatos do governo, está mostrando que apoia as iniciativas que foram tomadas”, disse. “Essa é a manifestação do cidadão.”
Ele criticou os partidos de oposição e ressaltou que o PT perdeu espaço em prefeituras e câmaras municipais nesta eleição.
O ministro disse que o resultado demonstra que a população apoia a premissa básica do governo Temer, que segundo ele, é limitar as despesas e parar o endividamento. “Os brasileiros viram que o Brasil não tem uma outra alternativa”, afirmou.
O candidato vitorioso no Rio, Marcelo Crivella (PRB), deu declarações, após o resultado, no mesmo sentido. “Chega dessa agenda de ‘Fora, Temer’. Se o povo quisesse que o Rio de Janeiro se transformasse num bunker de luta ideológica e política, teria votado no outro candidato”, afirmou o prefeito eleito.
PEC – Uma preocupação do Planalto era que a votação e aprovação da PEC do Teto na Câmara dos Deputados, na reta final do segundo turno das eleições, tivesse impacto negativo nas campanhas dos candidatos governistas às prefeituras.
Segundo o ministro da Casa Civil, o apoio da população é essencial para o governo federal manter a base coesa na segunda fase da votação da PEC do Teto – em novembro, desta vez no Senado.
Já o cientista político Cláudio Couto, professor da FGV-SP, faz leitura distinta à do Planalto. “O resultado não indica apoio popular ao governo Temer e tem muito mais a ver com uma rejeição ao PT do que uma aprovação ao PMDB. A maior parte das pessoas sequer sabe o que é a PEC 241”, disse.
Para ele, “o PMDB é um partido sem face clara, e o eleitor raramente identifica o candidato municipal ao seu partido”.
Isabela Bonfim e Elisa Clavery, especial para o Estado
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