Após polêmica, Irmão Lázaro desistiu de cachê da prefeitura, diz aliado
Ex-secretário de ACM Neto, o deputado federal e cantor abriu mão de receber da prefeitura para se apresentar em festival evangélico; cachês de artistas chegam a R$ 380 mil
Aliado do prefeito ACM Neto (DEM), o deputado federal e cantor Irmão Lázaro (PSC) decidiu abrir mão do seu cachê para se apresentar no Festival da Cultura Evangélica, evento realizado pela prefeitura, após ter recebido R$ 60 mil da administração municipal para participar do evento em 2014.
O caso ganhou repercussão nacional na época. Autor da lei que estabelece o Dia Municipal da Cultura Evangélica – no qual está inserido o festival – o vereador Héber Santana (PSC) disse que o parlamentar resolveu “participar de forma voluntária [do festival] pela segunda vez”.
Em entrevista ao bahia.ba, o vereador defendeu que não haveria nenhuma ilegalidade na contratação do correligionário, mas reconheceu que a decisão de abrir mão do cachê foi motivada pela polêmica em 2014. “Não há nenhuma ilegalidade, mas aí a gente paga o preço contrário”, disse Héber.
Recentemente, Lázaro retomou seu mandato em Brasília, mas desde abril deste ano ocupava o cargo de secretário municipal de Relações Institucionais, para onde não deve retornar.
Na edição deste ano do festival evangélico, a prefeitura gastou pelo menos R$ 380 mil com cachês, conforme publicações no Diário Oficial – foram R$ 110 mil pagos à cantora Aline Barros, R$ 95 mil a Fernandinho, R$ 75 mil a Bruna Karla, R$ 50 mil ao rapper Pregador Luo e outros R$ 50 mil a Sandro Nazireu.
Empresas “vizinhas” – Uma única empresa representa todos os artistas que tocaram no evento este ano: a SS Pereira Produções, cujo nome fantasia é Serquip Eventos. Com um capital social de R$ 30 mil, segundo certidão da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb), a empresa também foi responsável pela realização do festival em 2015. Em 2014, a organização coube à PMKR Produções.
O curioso é que as empresas são “vizinhas” em Camaçari, segundo a Juceb. Os endereços são praticamente idênticos; o que muda apenas é o número, como pode ser atestado abaixo.
Em entrevista à Folha, em 2014, o sócio da PMKR, Antônio Carlos Guimarães, disse que a companhia foi recomendada à prefeitura por Héber. O vereador, por sua vez, afirmou ao bahia.ba que apenas “indicou os artistas” – todos eles representados pela empresa.
Já em relação à organização do festival este ano, o diretor executivo da Serquip, Sérgio Santos, declarou à reportagem que não conhecia o vereador. Já Héber apresentou versão diferente. “Eu conheço o pessoal, não tem como, não existem tantas empresas fazendo este tipo de serviço. Mas não tem nada que comprometa a idoneidade do processo”, afirmou.
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