Publicado em 13/12/2016 às 17h42.

Paulo Câmara barra ‘pressão’ para aumento de salários

Presidente diz ter recebido “vários pedidos de vereadores do governo e da oposição” para que reajuste fosse votado: “Seria um golpe para a cidade”

Evilasio Junior

O presidente do Legislativo de Salvador, Paulo Câmara (PSDB), não permitiu que o reajuste dos salários do prefeito, vice, secretários municipais e vereadores fosse votado na sessão desta terça-feira (13). O tucano disse que houve uma “pressão muito grande” para que a proposta fosse a plenário, mas avaliou que a aprovação seria um “tiro no pé para a Casa”.

“Houve uma tentativa da maioria dos vereadores, não só do governo, como também parte de vereadores da oposição e eu entendo que essa matéria tem que ser tratada com muita responsabilidade e transparência com a população. Se a gente votasse isso hoje, passaria para a população que teria sido feito um pré-acordo para fazer a mistura das votações. Seria um golpe para a cidade. […] Foram vários pedidos de vereadores e eu não permiti isso aqui dentro. Isso é uma decisão minha, do presidente”, afirmou Câmara, ao ser perguntado pelo bahia.ba sobre a polêmica.

No entendimento do vereador, se a matéria ainda for apreciada este ano, os nomes dos apoiadores do aumento terão que ir a público. “Se a Câmara quiser votar, e entender que deve votar, tem que ser feito de maneira transparente, aberta, dizendo o dia que vai votar e porque vai votar. E os vereadores que assim desejarem dizer também. Então, o que é que eu solicitei? Que os vereadores solicitassem à presidência desta Casa, à Mesa Diretora, por escrito, com a assinatura do lado, quem é o vereador que quer e porque quer, para você ter subsídio e elemento. Sem discutir, sem debater, no afogadilho, não, isso eu não permito”, avisou o presidente.

Mais cedo, o próprio prefeito ACM Neto (DEM) alertou que não permitirá incremento nas remunerações dos integrantes do Executivo em 2017.