Vendas nos supermercados têm melhor resultado desde abril de 2014
Dados se referem a novembro último e, segundo a associação que representa o setor, houve crescimento real de 5% na comparação com igual mês do ano passado
As vendas do setor supermercadista em novembro deste ano tiveram um crescimento que o setor não via desde antes do início da crise de consumo, surgida no segundo semestre de 2014. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o setor teve crescimento real de 5% nas vendas no período na comparação com igual mês no ano anterior, o maior desde abril de 2014, quandoas vendas subiram 10,3% na comparação anual.
Considerando apenas o mês de novembro, a última vez que o crescimento real superou os 5% foi em 2013. Em novembro daquele ano, as vendas subiram 9,78% em termos reais ante mesmo mês do ano anterior.
Após ter registrado perdas reais no primeiro semestre deste ano, o setor de supermercados começou a esboçar uma tendência mais positiva de vendas a partir de julho. Nos últimos meses, o desempenho vem sendo ajudado ainda por uma desaceleração da inflação de alimentos.
Em novembro de 2016, os preços de alimentos tiveram queda de 0,2% na comparação com outubro, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) enquanto o indicador geral apresentou crescimento de 0,18% na mesma comparação.
Após o resultado das vendas em novembro surpreender positivamente o setor, a Abras já admite que o resultado do ano pode ficar acima da projeção da entidade, que é de crescimento ente 1% e 1,2% em 2016 ante 2015. Nos onze meses do ano até novembro, a alta real é de 1,51%.
“O resultado acumulado até novembro foi melhor do que prevíamos, e isso nos dá um otimismo maior para dezembro, época de maior venda do setor”, afirmou, em nota, o superintendente da Abras, Márcio Milan. “Muitas pessoas estão deixando as compras de Natal para a última hora com o objetivo de aproveitar algumas promoções”, concluiu.
Acumulado – No acumulado de 11 meses de 2016, as vendas do setor aumentaram 1,51% em termos reais ante os mesmos meses de 2015. Todos os valores foram deflacionados pelo IPCA.
O resultado acumulado até novembro está levemente acima da projeção da entidade para o ano. A Abras estimou crescimento real entre 1% e 1,2% nas vendas em 2016.
Em termos nominais, a alta nas vendas em novembro foi de 12,34% na comparação com o mesmo mês de 2015. Já o resultado acumulado de 11 meses é de crescimento nominal de 10,15% ante o mesmo período do ano anterior.
Cesta básica – O preço da cesta de itens básicos nos supermercados brasileiros caiu 0,82% em novembro na comparação com outubro deste ano, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras.
O preço total da cesta saiu de R$ 484,67 em outubro para R$ 480,69 em novembro. Já na comparação com outubro de 2015, o preço subiu 10,43%.
Entre as maiores altas do mês passado estão itens como cebola, cujo preço aumentou 9,42% ante o mês anterior; açúcar, aumento de 4,28%; e café, com alta de 3,75%. Já as maiores quedas foram encabeçadas por tomate, cujo preço recuou 16,60%; feijão, queda de 12,31%; e batata, retração de 10,36%.
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