Renan anuncia recesso legislativo e descarta convocação
Presidente do Senado avaliou que não é positivo para o Congresso ser convocado durante o recesso sem uma pauta urgente

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou o fim da sessão desta quinta-feira (17) para fazer um balanço do ano no Senado e, logo em seguida, anunciar o fim do ano legislativo. O peemedebista também afirmou que não vê necessidade de convocação extraordinária do Congresso durante o período de recesso. A decisão agrada governo e oposição.
“O Congresso fez a sua parte, votou o ajuste, votou todas as matérias orçamentárias. Não há porque haver, pelo menos até agora, convocação do Congresso Nacional”, afirmou. Renan avaliou que não é positivo para o Congresso ser convocado durante o recesso sem uma pauta urgente ou uma presença maciça dos parlamentares.
Esta semana, o parlamentar se esforçou para limpar a pauta econômica do Congresso, exaurindo as possibilidades de convocação extraordinária. A exceção aconteceria caso o Supremo Tribunal Federal (STF), que edita neste momento um rito para o encaminhamento do impeachment, sugerisse um trâmite imediato. Renan também minimizou esta possibilidade.
“Se houver necessidade, em razão da decisão do STF, eu já combinei com os setores da oposição de fazermos uma convocação negociada, pela preservação interesse nacional. Mas apenas se houver a necessidade”, garantiu.
Reviravolta – A decisão do presidente do Senado sobre o recesso parlamentar acompanhou o termômetro do encaminhamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Inicialmente, o governo acreditava que seria melhor suspender o recesso e dar sequência ao processo. Na avaliação do Planalto, não havia clima para impeachment e a presidente sairia ilesa.
Em consonância com o entendimento do governo, Renan articulou para que pautas obrigatórias, como a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias não acontecessem, obrigando a convocação do Congresso durante o recesso, que acontece entre 22 de dezembro e 3 de fevereiro, atendendo também à votação sobre o impeachment.
A reviravolta na composição da comissão especial de impeachment na Câmara mudou os ânimos do governo, quando os deputados conseguiram eleger uma chapa de oposição apoiada por dissidência do PMDB. O Palácio passou a entender que seria mais seguro para a presidente aguardar que os ânimos se acalmassem e garantir maior consolidação da base aliada antes de votar o impeachment.
No mesmo rumo, Renan anunciou um possível recesso parcial, com folga nas semanas de Natal e Ano Novo e uma provável convocação extraordinária no início de janeiro. A decisão agradava também à oposição, que desde o início defendeu o recesso parlamentar pleno, por acreditar que as festividades de fim de ano atrapalhariam a mobilização das ruas em prol do afastamento da presidente.
As manifestações do último dia 13, com pouca adesão em relação às anteriores, confirmaram a tese de que a população não está ainda entusiasmada com o processo de impeachment.
Mais notícias
-
Política17h56 de 29/10/2025
Para Wagner, ação no RJ não pode ser considerada sucesso após 130 mortes
“Quem quiser tirar fatura política com o que aconteceu ontem no Rio de Janeiro está no caminho errado", disparou o senador
-
Política17h20 de 29/10/2025
Moraes pede que Castro dê explicações detalhadas sobre operação no Rio
Ministro assumiu temporariamente a relatoria do caso
-
Política17h05 de 29/10/2025
Kiki não descarta novos projetos do Executivo e comenta queda de sessão
O vereador atribuiu a queda de sessão ao feriado do Dia do Servidor, antecipado para segunda (27)
-
Política16h57 de 29/10/2025
‘Aves de agouro que torcem contra a cidade’, afirma Kiki após críticas da oposição
Para o edil, falas de opositores são meramente eleitoreiras e motivadas por interesses políticos
-
Política16h40 de 29/10/2025
Marta Rodrigues repudia chacina no RJ e defende aprovação da PEC da Segurança
Segundo a vereadora, o discurso de combate à criminalidade de Castro é falacioso
-
Política16h28 de 29/10/2025
Capitão Alden celebra megaoperação no Rio de Janeiro: ‘Rumo a 200 mortos’
Deputado também criticou parlamentares de esquerda que vêm repudiando a ação
-
Política16h15 de 29/10/2025
Wagner descarta pesquisa e aposta em consenso da base para 2026
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), congitou a realização de um levantamento para definir os nomes ao Senado
-
Política15h54 de 29/10/2025
Vereadora baiana vence União Brasil na Justiça e mantém mandato; saiba detalhes
Juíza destacou ausência de provas consistentes sobre abuso de poder econômico e compra de votos
-
Política15h50 de 29/10/2025
Hamilton Assis critica megaoperação no RJ e pede combate inteligente ao crime
Edil defendeu uma abordagem diferente para o combate ao crime organizado
-
Política15h20 de 29/10/2025
PDT de Félix Mendonça Júnior quer eleger seis deputados em 2026
Atualmente, o partido conta na Câmara dos Deputados com dois parlamentares











