Publicado em 28/03/2017 às 20h00.

Kassab: ‘Correios precisa cortar gastos para evitar privatização’

Ministro afirmou que estatal teve prejuízos de R$ 2,1 bilhões em 2015 e R$ 2 bilhões no ano passado e que não será financeiramente socorrida pelo governo

Redação
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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou nesta terça-feira(28) que o governo não socorrerá financeiramente a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que apresentou prejuízos de R$ 2,1 bilhões em 2015 e R$ 2 bilhões no ano passado. Para Kassab, é obrigação da empresa fazer “cortes radicais” e assim evitar a privatização dos seus serviços.

“O governo não tem recursos. Não haverá injeção de recursos do governo nos Correios. Isso é uma definição de governo, que conta com nosso apoio. Ou rapidamente os Correios cortam gastos, além daqueles que foram feitos, devemos continuar cortando mais. Não há saída, senão vamos rumar para a privatização”, afirmou Kassab.

Segundo o ministro, a estatal sofre em decorrência da má gestão e corrupção dos anos anteriores. “Concordo que houve má gestão. Má gestão é corrupção, é loteamento, é não ter capacidade de encontrar receitas adicionais e não fazer os cortes se não encontra mais receita”, salientou antes de elogiar o atual gestor da estatal, Guilherme Campos, a quem chamou de “figura inatacável”.

Mesmo com o parecer, Kassab afirmou empreender esforços como ministro para evitar a privatização da estatal. “Eu, pessoalmente, sou contra a privatização e trabalho como ministro para que não aconteça. Mas não há caminho. Ou cortamos o gasto e conseguimos mais receitas com serviços adicionais, ou vamos caminhar para a privatização, no todo ou em parte dos Correios”, finalizou.

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