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Publicado em 23/12/2025 às 14h09.

Acusado de chefiar milícia no oeste da Bahia volta à prisão após decisão do MP

Carlos Erlani é um dos principais alvos da Operação Terra Justa

Redação

 

Foto: Flávia Vieira/Ascom SSP

 

Apontado como líder de uma milícia armada que atua há mais de uma década no oeste da Bahia, Carlos Erlani Gonçalves dos Santos voltou a ser preso na manhã desta terça-feira (23), após o Tribunal de Justiça do Estado acolher recurso do Ministério Público e restabelecer a prisão preventiva revogada anteriormente.

A nova ordem de prisão foi cumprida pelo Ministério Público da Bahia, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), com apoio da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria-Geral e da Corregedoria da Polícia Militar.

Carlos Erlani é um dos principais alvos da Operação Terra Justa, deflagrada para desarticular uma organização armada suspeita de atuar em conflitos fundiários, sobretudo no município de Correntina. Segundo as investigações, o grupo utilizava empresas de segurança privada como fachada para praticar intimidações, agressões, destruição de propriedades rurais e expulsão de comunidades tradicionais.

Na primeira fase da operação, o acusado foi denunciado pelo crime de milícia armada. Já na segunda etapa, passou a responder também por organização criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com o MP, as apurações apontam movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada, que somariam mais de R$ 29 milhões entre 2021 e 2024, além de indícios de negociação de armamento pesado e contratação de pistoleiros.

Antes de obter liberdade provisória, Carlos Erlani estava preso preventivamente em dois processos distintos relacionados à mesma operação. Para o Ministério Público, a decisão que permitiu sua soltura desconsiderou a gravidade dos crimes investigados e o risco representado pelo acusado.

No recurso apresentado ao TJ-BA, o MP sustentou que a liberdade do investigado poderia comprometer a ordem pública, a instrução criminal e a segurança de vítimas e testemunhas, além de possibilitar a rearticulação da milícia. Esses argumentos foram acolhidos pela Corte, que determinou o retorno do acusado ao sistema prisional.

 

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