Publicado em 13/02/2025 às 17h25.

Adab emite alerta fitossanitário do primeiro foco de Ferrugem Asiática da Soja no Oeste da Bahia

"Recomendação aos produtores é de manutenção e adoção de estratégias para o controle da praga", diz especialista

Redação
Foto: Reprodução/Adab

 

A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) emitiu alerta fitossanitário aos sojicultores e técnicos de confirmação da ocorrência do primeiro foco de Ferrugem Asiática da Soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, na região Oeste da Bahia, relacionado ao calendário agrícola 2024/2025.

A confirmação ocorreu no último dia 10, após análise do material coletado realizada no laboratório da Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano, localizado no município de Luís Eduardo Magalhães.

“Apesar da ocorrência em baixa pressão e de forma tardia na região, a recomendação aos produtores é de manutenção dos tratos culturais e adoção de estratégias de manejo para a prevenção e controle da praga”, frisa o diretor geral da Adab e engenheiro agrônomo, Paulo Sérgio Luz.

A praga é uma das mais severas que incidem na cultura da soja, com danos que variam de 10% a 90% nas diversas regiões geográficas onde foi relatada. “Ela é extremamente agressiva, de fácil adaptabilidade, alta resistência e facilidade na dispersão dos seus esporos por meio do vento”, explica o diretor de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV), Vinícios Videira.

Ainda segundo ele, o nível de dano depende do momento em que o fungo incidiu sobre a planta, além das condições climáticas favoráveis à sua multiplicação e dispersão, bem como da resistência, tolerância e ciclo do cultivar utilizada pelo sojicultor. “Na ausência de controle, as lavouras podem sofrer redução de até 90%”, adverte.

Vale ressaltar que as condições favoráveis à infecção consistem na presença de água livre sobre superfície da folha, sendo necessário no mínimo seis horas e temperaturas variando entre 15 °C e 28° C. Os sintomas podem aparecer em qualquer estádio de desenvolvimento em cotilédones, folhas e hastes.

“É preciso cumprir o vazio sanitário, uma das principais medidas fitossanitárias adotadas pelos sojicultores para impedir a ocorrência da ferrugem asiática no estado. Desta forma, combatemos a disseminação da praga, durante a entressafra, mediante a redução das condições favoráveis à sobrevivência do fungo, atrasando a sua ocorrência”, conclui Videira.

A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) executa o Projeto de Manejo da Ferrugem Asiática da Soja e aplia sua atuação numa parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) que também possui o Programa Fitossanitário da Soja.

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