Publicado em 27/01/2016 às 07h50.

ANA mantém vazão reduzida do Sobradinho até final março

Apesar de o nível do lago permanecer subindo por conta das chuvas na Bahia, o escoamento do Sobradinho permanece reduzido

Redação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

A vazão defluente da barragem de Sobradinho, no Rio São Francisco, será mantida em 800 m³/s até o final de março, comunicou a Agência Nacional de Águas (ANA). A expectativa era de que a vazão pudesse ser ampliada por causa do quadro positivo gerado pelas chuvas que caem em praticamente toda a bacia hidrográfica do Velho Chico – com precipitações de 120 milímetros (mm), acima da média histórica. A previsão da equipe técnica da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) é de que, até o final do mês, o nível do reservatório alcance 8% da capacidade, bem diferente da preocupante alerta de que a represa chegasse ao volume morto ainda no primeiro trimestre de 2016.

Usuários das águas do rio, representados pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), questionam a medida, considerada prejudicial para diversas atividades, inclusive a navegação, nas regiões abaixo do reservatório. De acordo com o jornal A Tarde, na próxima semana deve acontecer uma reunião entre as partes envolvidas para aprofundar as discussões sobre os efeitos negativos da baixa vazão, uma vez que a média histórica registrada é de 1.825 m³/s e a mínima aprovada no período crítico de seca chega a 800 m³/s.

Previsão do tempo favorece – No oeste baiano, os dados dos institutos de meteorologia indicam que a temporada de chuvas deste ano já registra números superiores às médias históricas. Em Barreiras, cidade polo da região, o Instituto Climatempo aponta este janeiro como o segundo com mais chuvas nos últimos 30 anos. Nas três décadas, o mês de janeiro de 1979 acumulou 520,3 mm de precipitação pluviométrica, enquanto este ano, até esta terça-feira (26), já havia o registro de 488,8 mm.

Em Santa Rita de Cássia, o Inmet contabilizou 750 mm de chuvas nos primeiros 25 dias do ano, enquanto a média histórica do município (dos últimos 30 anos) é de 149,2 mm  em janeiro. Na segunda-feira (25) foi decretada situação de emergência no município, onde as BAs 451 e 225 ficaram destruídas pela força das águas, o que isolou a cidade das vizinhas Mansidão, Formosa do Rio Preto e Barra.

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