Aulas práticas de direção serão monitoradas eletronicamente

Uma nova norma do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) determinou que as autoescolas implantem um sistema de monitoramento eletrônico das aulas práticas para os processos de obtenção da primeira Carteira Nacional de Habilitação e adição de outras categoria. No momento, as instituições de ensinam concluem o processo de implantação dos simuladores de direção.

A regulamentação da Portaria 355, aplicada aos centros de formação de condutores da categoria B, foi publicada no Diário Oficial do Estado, no último dia 5. De acordo com a publicação, o objetivo é “regulamentar e tornar obrigatório o sistema eletrônico de monitoramento, anotação, transmissão e recepção dos relatórios de avaliação elaborados pelos instrutores relativos às aulas de prática de direção veicular”.

O monitoramento eletrônico deve ser aplicado tanto aos pretendentes à obtenção do documento de permissão para dirigir na categoria B, quanto para alunos que desejam mudar para as categorias C, D e E.

As regras de credenciamento de empresas para o controle e o monitoramento das aulas ainda serão definidas em portaria própria. O sistema deverá receber, intermediar e enviar informações e imagens das aulas práticas ao Detran-BA.

Ao jornal A Tarde, o presidente do Sindicato das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores do Estado (Sindauto), Abelardo Filho, disse que até o momento a entidade não foi convocada pelo Detran para mais informações e, por isso, não quis comentar a nova portaria.

“Antes de nos posicionarmos, a gente precisa estar com um embasamento perfeito, até para definir nossos argumentos. Geralmente, o Detran senta com o sindicato para passar orientações, mas isso ainda não ocorreu”, acrescentou.

Ainda segundo ele, as autoescolas ainda estão em processo de conclusão da instalação dos simuladores de direção. Cerca de cem das 332 instituições do estado devem terminar a implantação até o início do próximo mês.

“Os professores já estão todos treinados para instruir os alunos sobre o uso dos simuladores”, assegurou. “Toda inovação tecnológica, além de custo, sempre gera avaliações diferentes. Mas o sindicato não pode antecipar-se à reação dos associados, que são os que decidem”, pontuou.