Publicado em 22/07/2025 às 18h03.

Bahia se prepara para integrar Sistema Nacional de Economia de Impacto

Estado avança em políticas voltadas a negócios com impacto social e ambiental positivo

Redação
Foto: Eduardo Andrade/SDE

 

A Bahia está perto de oficializar sua adesão ao Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto), iniciativa que integra a Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto), do governo federal. A medida representa um passo decisivo na consolidação de um modelo de desenvolvimento que alia sustentabilidade, inclusão social e inovação econômica.

Nesta terça-feira (22), representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) estiveram na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), em Salvador, para alinhar os últimos detalhes da adesão.

O encontro reforçou o compromisso do estado com políticas públicas voltadas a negócios que geram retorno financeiro, mas também promovem transformações sociais e ambientais.

Novo paradigma econômico

Durante a reunião, o diretor de Comércio, Serviços e Oportunidades de Negócio da SDE, José Carlos Oliveira, destacou o potencial da economia de impacto como parte das chamadas “novas economias”.

Segundo ele, esse modelo rompe com a lógica tradicional do lucro acima de tudo, propondo um desenvolvimento mais equilibrado.

“Esse modelo de impacto está colocado como uma economia portadora de futuro. Ao lado da economia verde, circular, solidária e da nova indústria, ela representa um novo paradigma, que rompe com a lógica do lucro pelo lucro e propõe uma forma de desenvolvimento mais sustentável, resiliente e comprometida com o bem viver”, afirmou.

O representante do MDIC para a região Nordeste, Hérrisson Dutra, explicou que a Bahia já cumpre os requisitos principais para aderir ao Simpacto.

O estado conta com um ecossistema consolidado de mais de 300 empreendedores de impacto, prepara um decreto estadual sobre o tema e tem o compromisso da SDE em implantar o Comitê Estadual de Economia de Impacto.

“Essa reunião foi essencial para fechar acordos internos, fortalecer a mobilização da sociedade civil e avançar na regulamentação necessária para o Estado aderir formalmente ao Simpacto”, completou Hérrisson.

O que é economia de impacto?

A economia de impacto reúne empreendimentos que buscam resolver problemas sociais e ambientais por meio de soluções inovadoras, sem abrir mão do retorno financeiro.

A proposta valoriza negócios comprometidos com o desenvolvimento sustentável, o comércio justo, a regeneração dos recursos naturais e a inclusão de comunidades vulneráveis.

Segundo o MDIC, essa modalidade econômica não se limita a ONGs ou cooperativas.

“Qualquer empreendedor que identifique uma oportunidade de negócio com foco em soluções para sua comunidade pode fazer parte desse ecossistema. É uma política pública que trabalha desenvolvimento com sustentabilidade”, explicou Hérrisson.

Conexão Bahia: debate e articulação nacional

Ainda na terça-feira, a SDE participou do painel “Economia de Impacto: Construindo caminhos para uma nova economia”, durante o evento Conexão: Economia de Impacto – Bahia, realizado na sede do Sebrae.

A atividade reuniu representantes de órgãos públicos, especialistas e atores do ecossistema local para discutir os desafios e oportunidades do setor.

O encontro também integrou a Bahia ao movimento nacional pela estruturação do Simpacto, conectando estratégias regionais com diretrizes da Enimpacto.

A expectativa é que, com a formalização da adesão, o estado fortaleça políticas públicas capazes de impulsionar negócios inovadores com impacto socioambiental positivo, promovendo um sistema econômico mais justo, regenerativo e inclusivo.

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