Publicado em 18/12/2015 às 07h54.

Briga de dados: Rui Costa rebate dados do MS sobre microcefalia

Para governador, não há subnotificação dos casos no estado, pois houve reclassificação da circunferência craniana dos bebês

Redação
Foto: Manu Dias/Secom
Foto: Manu Dias/Secom

O Ministério da Saúde (MS) informou, em seu último boletim, que o estado da Bahia tem 316 casos suspeitos de microcefalia associada ao Zika vírus. No entanto, o governador Rui Costa rebateu a informação do MS, nesta quinta-feira (17), durante encontro com prefeitos baianos para traçar ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Isso acontece porque a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) sustenta que os casos suspeitos notificados no estado são 180 na Bahia, sem confirmar correlação com o Zika.

A justificativa de Rui para questionar os dados do MS se vale da reclassificação da circunferência craniana dos bebês com microcefalia de 33 para 32 centímetros, feita pelo próprio MS. Para o governador “houve um erro do ministério, que reduziu a medida craniana, mas manteve no cadastro os dados que apontavam circunferência de 33 cm”, destacou.

O governador disse ainda não haver nenhum interesse em subnotificar os casos e que as prefeituras têm enviado as informações corretas para um diagnóstico preciso. Rui também garantiu que o estado assumirá custos com exames laboratoriais, ultrassonografias e tomografias das crianças com suspeita da doença nas cidades com menos de 100 mil habitantes.

Mobilização- O encontro reuniu 125 prefeitos das cidades com maior incidência absoluta das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti – dengue, chikungunya e Zika – para discutir os  eixos de atuação para enfrentar a proliferação do mosquito. Entre as ações para combate previstas estão o fornecimento de fumacê e incentivo financeiro de R$ 3,7 milhões.

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