Publicado em 02/07/2016 às 17h30.

Casos de microcefalia começam a diminuir na Bahia

Apesar da queda, índice no estado ainda é um dos maiores do país e precisa de observação

Redação
Foto: Guga Matos/JC Imagem/AE
Foto: Guga Matos/JC Imagem/AE

 

Depois de um longo surto, o índice de casos de microcefalia na Bahia e no Brasil começa a cair.  De acordo com boletim do Ministério da Saúde, a média de notificações semanais de suspeitas apresentou uma redução de 83% no início do segundo semestre deste ano.

Entre o final de 2015 e fevereiro de 2016, 60 notificações foram computadas. Já no último período avaliado, de fevereiro até junho, o número caiu para apenas 10 registros. Apesar da diminuição, a situação continua preocupante em território baiano. O estado ocupa o primeiro lugar no ranking de unidades federativas com o maior número de casos em investigação, com 651. É um índice maior do que a soma dos casos notificados nas regiões Sul, Norte, Sudeste e Centro-Oeste (344).

Em relação aos óbitos no país, desde outubro, foram registradas 328 mortes suspeitas de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central, após o parto ou durante a gestação, o que representa 4% do total. Oitenta e sete deles foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 184 continuam em investigação e 57 foram descartados.

De acordo com especialistas, a tendência é de que o surto da doença diminua graças ao trabalho de conscientização e campanhas feitas pelos órgãos competentes. “Quando o vírus chegou, encontrou uma população sem imunidade, então acabou atingindo um número significativo de pessoas. Passados mais de seis meses do surto, a população já caminhando para um processo de imunização natural, que se dá quando o organismo desenvolve imunidade como resposta à invasão do vírus”, explicou o infectologista José Roberto Menezes ao jornal Correio.

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