Publicado em 21/06/2016 às 17h40.

Centro de Monitoramento recupera R$ 30 mi e combate ‘hackers’

Programa da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA) é responsável por evitar fraudes ao Fisco e monitorar a existência de empresas fantasmas na Bahia

Redação
Secretaria da Fazenda Combate Hackers Fiscais Foto: Elói Corrêa/GOVBA
Secretaria da Fazenda Combate Hackers Fiscais
Foto: Elói Corrêa/GOVBA
Empresas que tentam fraudar o Fisco são monitoradas em iniciativa da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA). Com a instalação do Centro de Monitoramento Online (CMO), cerca de R$ 30 milhões já foram recuperados e mais de mil empresas fantasmas, na capital e no interior, foram fechadas.
Há unidades em Salvador, Vitória da Conquista e Feira de Santana capazes de localizar companhias em todo o estado. Segundo o líder do CMO na Bahia, César Furquim, o rastreamento mapeou quatro tipos de organizações: aquelas que recolhem seus impostos; as que não cumprem suas obrigações por algum tipo de desconhecimento legal ou dificuldade financeira temporária; as que sonegam por apostar que a fiscalização não chegará a elas; e ainda as fantasmas, criadas pelos chamados “hackers fiscais”, constituídas para sonegar, fraudar licitações, acobertar cargas roubadas ou cometer estelionatos.
Os dois últimos grupos são os principais alvos da fiscalização do CMO, que acontece em tempo real, por meio de verificação das notas fiscais eletrônicas, o que permite rapidez na identificação das fraudes e tomada de providências. O trabalho resultou em mais de R$ 70 milhões em créditos fiscais constituídos na Bahia, valores considerados importantes para manter as contas em dia.
“As irregularidades geram ônus principalmente para o povo baiano. As empresas que deixam de pagar impostos prejudicam diretamente a população, e não uma pessoa ou uma entidade maior. Esse dinheiro que não é recolhido seria utilizado pelo Estado em prol do bem-estar social”, explica César Furquim.
Além de investigar os fraudadores dentro da Bahia, os fiscais localizam hackers que também atuam em outros estados. Eles criam empresas para operar como “laranjas”, em prazos curtos, e simulam a compra ou a venda de mercadorias para encobrir irregularidades. Segundo o coordenador técnico nacional de Nota Fiscal, Álvaro Bahia, as ações do CMO já são modelo para todo o Brasil.  “A partir do sucesso que tem sido o CMO da Bahia, estamos ampliando esse modelo para todas as 26 unidades federadas, em parceria com a Receita Federal do Brasil. Até o fim de junho estaremos incluindo o endereço IP da máquina que emitiu a nota fiscal eletrônica. Isso permite localizar as máquinas e, consequentemente, os hackers que estão praticando crime de fraudes em qualquer estado brasileiro”, afirmou.

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