Publicado em 29/11/2024 às 21h00.

Confiança do empresariado baiano recuou em novembro, mostra indicador da SEI

Trata-se da décima pontuação abaixo de zero seguida e o menor patamar desde julho último

Redação
Foto: Pixabay

 

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -90 pontos em novembro, numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – indicando, assim, um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Trata-se da décima pontuação abaixo de zero seguida e o menor patamar desde julho último.

No mês, ao registrar -90 pontos, o ICEB captou recuo da confiança em relação a outubro (quando o indicador marcou -50 pontos). Assim, em comparação ao mês imediatamente antecedente, a redução foi de 40 pontos, emendando o segundo encolhimento consecutivo – no entanto, as quedas em outubro e novembro não reverteram as altas observadas em agosto e setembro.

Segundo Luiz Fernando Lobo, especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais da SEI, “apesar da segunda queda em sequência, ainda é cedo para afirmar que se trata do início de uma nova tendência, já que o que houve foi apenas uma reversão parcial do avanço da confiança nos meses de agosto e setembro”.

A retração do nível de confiança de outubro a novembro não aconteceu de forma generalizada, visto que houve avanço em dois dos quatro grupamentos (Agropecuária e Comércio). A atividade de Comércio exibiu a maior alta, enquanto o setor de Serviços apresentou a maior queda.

Em novembro, dois dos quatro setores assinalaram pontuação superior a zero: a Agropecuária, com 38 pontos; e o Comércio, com 9 pontos. Os demais resultados foram: Indústria, -61 pontos; e Serviços, -145 pontos. Enquanto o setor de Agropecuária foi o de melhor pontuação pelo quinto mês em sequência, a atividade de Serviços registrou o menor nível de confiança pela segunda vez seguida.

Além do mais, do conjunto avaliado de assuntos, os temas crédito, juros e câmbio foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis PIB nacional, exportação e vendas apresentaram os indicadores de confiança em situação mais favorável no mês.

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