Publicado em 12/05/2025 às 19h12.

Confiança dos empresários baianos recua em abril

Métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) indica 15ª pontuação abaixo de zero em sequência

Redação
Foto: Pixabay

 

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -174 pontos em abril, numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – indicando, assim, um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Trata-se da 15ª pontuação abaixo de zero em sequência.

No mês, ao registrar -174 pontos, o ICEB captou recuo da confiança em relação a março (quando o indicador marcou -143 pontos). A queda em comparação ao mês imediatamente antecedente foi de 31 pontos – suficiente para anular a alta captada em março (aumento de 23 pontos).

A retração da confiança de março a abril não aconteceu de forma generalizada, visto que dois dos quatro grupamentos expressaram progresso: Indústria e Comércio. Entre os setores, Agropecuária apresentou o maior encolhimento e Comércio indicou a maior alta da confiança.

Em abril, nenhum dos quatro setores assinalou pontuação superior a zero. Os resultados foram: Agropecuária, -158 pontos; Indústria, -156 pontos; Serviços, -196 pontos; e Comércio, -132 pontos. Enquanto o setor de Comércio foi o de maior pontuação, a atividade de Serviços registrou o menor nível de confiança.

Do conjunto avaliado de assuntos, os temas juros, crédito e situação financeira foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis PIB nacional, PIB estadual e exportação apresentaram os indicadores de confiança em situação menos desfavorável no mês.

Assim, conforme o especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais da SEI, Luiz Fernando Lobo, “em abril, a percepção do empresariado baiano quanto ao futuro se mostrou menos favorável do que nos dois meses anteriores, reforçada por uma série de alertas: segundo menor patamar de confiança em pouco mais de dois anos; confiança abaixo da média histórica; aumento do pessimismo em dois dos setores; indicador de confiança inferior a zero em todas as atividades; deterioração concomitante das expectativas quanto ao cenário econômico e quanto ao contexto setorial; e expectativas desfavoráveis para todas as variáveis investigadas”.

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