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Publicado em 09/12/2025 às 18h21.

Confusão entre operários e PM marca oitavo dia de paralisação na obra da BYD em Camaçari

Mobilização reúne cerca de dois mil operários desde o início do mês

Redação
Foto: Reprodução/Redes sociais

 

O oitavo dia de paralisação de funcionários de empresas terceirizadas que atuam na construção da fábrica da BYD, em Camaçari, foi marcado por uma confusão entre trabalhadores e policiais militares na segunda-feira (8). Segundo os manifestantes, os agentes reagiram ao protesto com bombas de gás lacrimogêneo. Até o fechamento desta matéria, a Polícia Militar não havia se pronunciado sobre o episódio.

A mobilização reúne cerca de dois mil operários desde terça-feira (2), quando as atividades foram interrompidas. Eles prestam serviços para pelo menos seis terceirizadas envolvidas na obra e reivindicam melhorias nas condições de trabalho, como ampliação do refeitório, reforço no transporte interno, aumento do número de banheiros e ajustes nos benefícios de alimentação e deslocamento.

Na segunda, ao menos três trabalhadores relataram ter recebido comunicados de demissão por justa causa via aplicativo de mensagens após denunciarem condições inadequadas no canteiro de obras. O Sindicato Livre dos Trabalhadores da Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Camaçari e Região afirma que a medida viola a legislação ao atingir sindicalizados e candidatos à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), que possuem estabilidade provisória garantida pela CLT.

Parte das cobranças já foi atendida, segundo os operários. Entre as melhorias implementadas estão novos banheiros químicos, bebedouros com água gelada, carros-pipa, micro-ondas e ampliação da frota de ônibus para circulação interna. Ainda assim, os trabalhadores mantêm a paralisação e cobram a medição imediata de insalubridade para cálculo de adicional, além da redução do valor do almoço aos sábados.

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