Publicado em 30/05/2025 às 16h20.

Conselho Estadual de Cultura elege novos presidente e vice-presidente

O pleito foi mediado pelo secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, que é presidente de honra do CEC

Redação
Fotos: Assessoria/Caio Diniz

 

O Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC) elegeu, nesta sexta-feira (30), sua nova presidente e o vice-presidente. Tainá Santos e Pedro Son assumem a gestão pelos próximos dois anos (2025 – 2027) após conseguirem maioria dos votos em Sessão Plenária. O pleito foi mediado pelo secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, que é presidente de honra do CEC.

Duas chapas disputavam a eleição no CEC. Além da vencedora, tentava a reeleição o atual presidente Gilmar de Faro, que tinha como candidato o conselheiro Pedro Son. A previsão é de que a posse da chapa vencedora aconteça no início de julho.

Com a missão de comandar o órgão colegiado que integra o Sistema Estadual de Cultura, a nova presidente ressaltou a importância de ser uma mulher negra a assumir um cargo que foi, majoritariamente, ocupado por homens. Tainá é a terceira mulher a gerir o conselho. Antes dela, já ocuparam o cargo Eulâmpia Santana Reiber e Pam Batista. “A partir de hoje, começamos a entender o que significa a união dentro de um conselho. Estamos aqui por um mandato popular, queremos ouvir a população”, comenta.

O vice-presidente eleito, Pedro Son, reforçou que sua gestão será marcada pela valorização da pluralidade cultural e territorialização. “Estamos aqui pela luta efetiva pela cultura, representamos pessoas e queremos dar visibilidade às lutas e as culturas que, muitas vezes, ficam invisíveis”, comentou.

O secretário Bruno Monteiro reforçou que o Conselho Estadual de Cultura é um espaço de debate para fortalecer as políticas culturais. “Temos no CEC um espaço de democrático e legítimo para qualificar a política pública”, completou.

Sociedade Civil – O Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC) é um órgão colegiado do Sistema Estadual de Cultura. Criado em 1967, sua finalidade é contribuir na formulação da política estadual de cultura. Seguindo os parâmetros da Lei Orgânica da Cultura (12.365/11), o órgão é composto hoje por 30 conselheiros e conselheiras, todos com seus respectivos suplentes.

Dois terços dos integrantes foram eleitos como representantes dos territórios de identidade cultural e dos segmentos e fazeres culturais. O outro um terço é composto por membros indicados pelo poder público. É o primeiro conselho, no Brasil, a inserir em seu quadro agentes culturais da sociedade civil escolhidos após amplo processo eleitoral.

Sobre a presidente

Tainá Santos, também conhecida como MAIT ou Kaolin, é professora, pesquisadora e estudante de História na UNEB. Abiã de Candomblé, desenvolve pesquisa sobre gênero, capoeira e a invisibilidade das mulheres nas batalhas de rima do Recôncavo. Atuante no cenário do rap desde 2014, organiza batalhas de poesia e integra coletivos culturais como a produtora Gangcity e a Rede RUA. Atualmente, é artista da 7KMob e assessora de artistas e produtores culturais da cena baiana.

Sobre o vice-presidente

Pedro Son é administrador, músico, poeta e ativista cultural com forte atuação no Território Semiárido Nordeste II. Ex-secretário municipal de Cultura de Jeremoabo (2009–2012), desenvolve ações voltadas à valorização das manifestações populares e à cultura quilombola. É autor do livro Mosaico e atua em eventos e movimentos culturais no interior baiano. No CEC, representa a sociedade civil e já ocupava a vice-presidência antes da reeleição.

Fotos: Caio Diniz

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