Publicado em 20/10/2021 às 17h48.

CPI da Covid planeja dar assistência às mais de 600 crianças órfãs por causa da pandemia

Projeto de Lei que oferece um salário mínimo a esse público foi incluído no relatório final da CPI da Covid

Redação
Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

 

A Bahia tem, pelo menos, 646 crianças baianas de até seis anos de idade orfãos e para dar assistência a esse público, o Projeto de Lei foi incluído no relatório final da CPI da Covid, entregue nesta quarta-feira no Congresso Nacional. Caso aprovado, elas poderão receber pensão especial, no valor de um salário mínimo. O benefício seria retroativo à data do óbito e pago, para o tutor legal, de acordo com o número de órfãos deixados, com limite de três salários mínimos.

Os números obtidos pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), entidade que representa os Cartórios de Registro Civil do Brasil e administra o Portal da Transparência mostram que 5 pais faleceram antes do nascimento de seus filhos, enquanto 3 crianças, até a idade de seis anos, perderam pai e mãe vítimas da Covid-19.

“Os dados mostram o quanto o vírus impactou diretamente nas famílias baianas. Poder ter essa parceria com a Receita Federal é de grande ajuda, pois conseguimos fazer um paralelo e chegar a números cada vez mais precisos”, ressaltou o presidente da Arpen-BA, Daniel Sampaio.

Levantamento de dados

Esses dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 7.645 Cartórios de Registro Civil do País desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em todo o território nacional.

Segundo os dados levantados pela Arpen-Brasil, 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano. Já 18,2% tinham um ano de idade, 18,2% dois anos de idade, 14,5% três anos, 11,4% 4 anos, 7,8% 5 anos e 2,5% 6 anos. São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os Estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta idade.

 

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