Delegado-Geral da Polícia Civil avalia operação que prendeu capitão da PM-BA

Ao todo, a Polícia Civil cumpriu 50 mandados de busca e apreensão e 43 de prisão na Bahia e em mais cinco estados

Fredie Ribeiro / Raquel Franco

O delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, André Viana, comentou nesta sexta-feira (12), a megaoperação interestadual do departamento batizada de Zimmer, que levou a prisão de 38 pessoas, incluindo o capitão da Polícia Militar da Bahia, Mauro Grunfeld, por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, crimes patrimoniais, lavagem de dinheiro e disputa de territórios.

“Mais uma grande operação. Foram mais de dois anos de investigação que culminou nesse excelente resultado. Foram mais de 40 pessoas presas, mais de R$ 100 milhões com autorização judicial, armas foram apreendidas, nós temos drogas apreendidas, e esse numerário que, com certeza, reflete a politica do sentido de asfixia financeira [das organizações criminosas]”, avaliou o delegado.

Ao todo, a Polícia Civil cumpriu 50 mandados de busca e apreensão e 43 de prisão na Bahia e em mais cinco estados: Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco. Mais de 400 policiais participaram das ações.

Viana ainda definiu como um “ponto emblemático” da operação o fato de que todos os presos não reagiram as ações das forças policias. “Foi a ‘cereja do bolo’, por assim dizer”, afirmou o delegado.

As declarações foram feitas pelo delegado em entrevista coletiva durante o evento de lançamento do Baralho do Crime Lilás em combate à violência contra a mulher pelo Governo do Estado, em Salvador.