Publicado em 08/10/2024 às 14h24.

‘Distribuição de horários de desfiles dos blocos afro não é justa’, diz secretário

"A gente precisa que essa tradição cultural, com toda a sua riqueza, com toda a sua mensagem, toda a sua representatividade, seja mais difundida também", afirma Bruno Monteiro

Carolina Papa / Esther Silva / Matheus Morais
Foto: Carolina Papa/ bahia.ba

 

O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, afimou na manhã desta terça-feira (8) que a pasta lançará um programa de apoio permanente continuado aos blocos afro, ao longo de todo o ano. Segundo o gestor, essa era uma reivindicação histórica do setor. “Eles não podem só receber um apoio no carnaval, lembrando que são entidades que não recebem outro tipo de apoio. A maioria delas não recebe patrocínio privado. Então, nós fazemos esse conjunto de políticas para o fortalecimento da nossa matriz de cultura identitária”, disse.

Monteiro ainda falou sobre a questão dos horários de desfiles dos blocos afro no Carnaval. Para ele, muitos desses blocos tem um horário que é da “sua tradição desfilar”, mas muitos acabam sendo colocados em um horário, a partir de uma distribuição que “não é justa”. “O que nós queremos é um diálogo para que todos possam, de fato, ser valorizados, seja no horário que é da sua tradição ou seja no horário que seja de fato de boa audiência. Mas o que nós precisamos, tenho feito essa provocação, é que também os veículos de comunicação dêem essa atenção, porque não basta a gente botar no horário, aí vem até de uma grande atração, vem um bloco afro e quando ele vai passar vai para intervalo comercial, vai para um outro circuito”, opinou em entrevista coletiva.

“A gente precisa que essa tradição cultural, com toda a sua riqueza, com toda a sua mensagem, toda a sua representatividade, seja mais difundida também. Que a população se veja ali representada, afinal de contas, é a nossa raiz cultural que está na avenida. E sobre a questão dos circuitos, o que nós temos discutido desde o ano passado é que precisamos de uma discussão que envolva toda a cadeia do carnaval. Os donos de camarote, donos de blocos, artistas, produtores, mas também os cordeiros, os vendedores ambulantes, a polícia, todo mundo que faz o carnaval acontecer”, completou Bruno Monteiro.

Carolina Papa

Jornalista. Repórter de política, mas escreve também sobre outras editorias, como cultura e cidade. É apaixonada por entretenimento, música e cultura pop. Na vida profissional, tem experiência nas áreas de assessoria de comunicação, redação e social media.

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