Publicado em 25/10/2024 às 20h20.

De agosto de 2021 a julho de 2022, Bahia registrou 127 mortes de homens para cada 100 de mulheres

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo IBGE

Redação
Foto: Reprodução/ Central de Polícia FSA

 

Entre agosto de 2021 e julho de 2022, 12 meses antes da data de referência do Censo Demográfico 2022, foram informadas, na Bahia, 93.926 mortes, sendo 52.500 de homens (55,9%) e 41.426 de mulheres (44,1%), numa sobremortalidade de 127 mortes masculinas para cada 100 femininas, segundo informações do Censo Demográfico 2022 sobre óbitos informados. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo IBGE.

No Brasil como um todo, foram informadas 1.326.138 mortes no mesmo período, sendo 722.225 para o sexo masculino (54,5%) e 603.913 para o feminino (45,5%) – uma sobremortalidade um pouco menor do que a baiana, de 120 homens mortos para cada 100 mulheres mortas.

Em todos os estados morreram mais homens do que mulheres, nos 12 meses que antecederam o Censo 2022. A sobremortalidade masculina foi maior em Tocantins (150 mortes de homens para cada 100 mortes de mulheres), Rondônia (148/100) e Roraima (147/100). Por outro lado, Rio de Janeiro (104/100), Pernambuco (112/100) e Rio Grande do Sul (114/100) tiveram as menores sobremortalidades masculinas. A Bahia ficou na 12ª posição.

Na Bahia, morrem 5 homens para cada mulher – Na Bahia, assim como no Brasil como um todo, as mortes masculinas superam numericamente as femininas em todos os grupos de idade até os 79 anos, tornando-se minoritárias somente a partir daí, por causa do viés demográfico: como as mulheres sobrevivem mais e são a ampla maioria da população de 80 anos ou mais, também são as que mais morrem dessa idade em diante.

Na Bahia a maior sobremortalidade masculina ocorre entre jovens de 20 a 24 anos de idade, grupo no qual morrem 5 homens para cada mulher morta, ou 506 para cada 100. É a segunda maior sobremortalidade masculina, nessa faixa etária, dentre os estados brasileiros, abaixo apenas de Sergipe (573/100).

Em seguida, na Bahia, vêm as sobremortalidades masculinas no grupo de 15 a 19 anos de idade (450 mortes de homens por 100 de mulheres) e de 25 a 29 anos (411/100). As faixas de 15 a 29 anos de idade são aquelas em que as pessoas estão mais sujeitas às mortes por causas externas ou violentas, como acidentes, homicídios e suicídios, que atingem mais a população masculina.

No país, a maior participação de óbitos masculinos também ocorre no grupo de 20 a 24 anos, mas a diferença é bem menor do que na Bahia, com 371 mortes de homens para cada 100 mortes de mulheres.

5º município em população, Salvador teve o 3º maior total de mortes informadas – Em Salvador, segundo o Censo 2022, ocorreram 15.258 mortes entre agosto de 2021 e julho de 2022. Mesmo abrigando a quinta maior população do país, o município teve o terceiro maior número de óbitos informados, abaixo apenas de São Paulo/SP (71.559) e Rio de Janeiro/RJ (47.802) e acima de Brasília (13.642) e Fortaleza (14.852), que superam a capital baiana em total de habitantes.

Das mortes informadas em Salvador, 7.865 foram de homens (51,5%) e 7.393 de mulheres (48,5%), o que dá uma razão de 106 óbitos masculinos por cada 100 femininos. A sobremortalidade masculina no município foi muito menor do que a verificada na Bahia como um todo (127/100) e apenas a 20ª entre as 27 capitais, empatada, no arredondamento, com a de Belém/PA.

Rio de Janeiro/RJ (97 mortes de homens por cada 100 de mulheres) e Recife/PE (94/100) foram as únicas capitais com menos mortes masculinas do que femininas, segundo o Censo 2022. Na capital baiana, há sobremortalidade masculina em quase todos os grupos de idade até 74 anos. A única exceção ocorre na faixa de 5 a 9 anos de idade, em que foram informadas 26 mortes de meninas frente a 11 mortes de meninos.

Além de não ser tão ampla e de se encerrar antes do que na Bahia como um todo, a sobremortalidade de homens em Salvador também é maior mais cedo, no grupo de pessoas de 15 a 19 anos de idade, em que morreram 6 homens para cada mulher morta (615/100). Foi a 3ª maior sobremortalidade masculina nessa faixa etária entre as capitais, abaixo apenas das informadas em João Pessoa/PB (733/100) e Campo Grande/MS (700/100).

Segundo o informado no Censo 2022, só 26 dos 417 municípios baianos (6,2%) tiveram, no ano anterior à pesquisa, mais mortes femininas do que masculinas. Pedrão (56 óbitos de homens para cada 100 de mulheres), Santa Cruz da Vitória (63/100) e Dom Macedo Costa (67/100) lideraram nesse indicador.

Por outro lado, as maiores sobremortalidades masculinas foram informadas em Itaju do Colônia (quase 3 mortes de homens para cada morte de mulher, ou 283/100), Gongogi (277/100) e Itagimirim (250/100).

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