Publicado em 10/02/2025 às 14h59.

Estudantes da rede pública criam tinta ecológica com pigmentos naturais

Voltado para o público infantil, produto é feito com matérias-primas sustentáveis e visa reduzir os impactos ambientais

Redação
Foto: Reprodução/ assessoria

As tintas convencionais contêm solventes, ligantes e aditivos que podem liberar compostos orgânicos voláteis (VOCs) na atmosfera, impactando o meio ambiente e causando alergias e problemas respiratórios nos seres humanos. Para oferecer uma alternativa sustentável, os estudantes Caio Vitor Neves, Ana Clara dos Santos, Pamella Lorrany dos Santos, Geovana Santos e Roberth Vitorino, do Centro Territorial de Educação Profissional do Médio Rio das Contas, localizado no município de Barra do Rocha, desenvolveram uma Ecotinta utilizando recursos naturais da região.

O produto é desenvolvido a partir de matérias-primas como beterraba, cenoura, repolho roxo, leite, argila, flores, açafrão, café, entre outros. “A produção da tinta é 100% sustentável, garantindo que todo o processo, desde a obtenção das matérias-primas até a fabricação, seja ecologicamente responsável. Além disso, um dos nossos objetivos é desenvolver um produto seguro para o público infantil, permitindo que as crianças explorem sua criatividade sem riscos à saúde. Outro diferencial é a ausência de impactos ambientais, pois, mesmo que descartada na natureza, a tinta não causa nenhum dano ao ambiente”, explica Ana Clara.

Segundo a jovem cientista, a Ecotinta foi testada em diversas superfícies, incluindo papel, paredes e telas de pintura, para avaliar sua aderência, durabilidade e qualidade. “As tintas naturais podem ter durabilidade e fixação comparáveis às convencionais, mas isso depende da composição, da superfície e do ambiente. Elas aderem bem a materiais porosos, mas podem precisar de fixadores naturais para maior resistência. Com sua composição livre de substâncias tóxicas, a tinta proporciona mais tranquilidade aos pais, que não precisam se preocupar com possíveis alergias ou contaminações durante o uso pelos filhos”, afirma Ana.

Com o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e a orientação dos professores Daiane Pergentino e Atanael de Jesus, o produto já conta com uma cartela de cores que inclui azul, preto, rosa, nude e amarelo. Ana projeta os próximos passos da equipe: “Queremos aprimorar a fórmula, testar em diferentes superfícies, avaliar a sustentabilidade, buscar parcerias e expandir a produção”.

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