Festival Brasil Nordeste marca lançamento do Plano de Transformação Ecológica da região
Abertura do evento, que ocorre no Centro de Convenções de Salvador, contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues

Na estreia do Festival Brasil Nordeste de Economia Popular e Solidária, no Centro de Convenções Salvador, na quarta-feira (7), foi lançada oficialmente a construção do Plano de Transformação Ecológica do Nordeste. A iniciativa, promovida pelo Consórcio Nordeste — articulação que reúne os governos estaduais da região — é um desdobramento territorial do Plano Nacional de Transformação Ecológica, do Ministério da Fazenda.
A cerimônia de abertura reuniu autoridades como o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; o ministro Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência); e Gilberto Carvalho, secretário nacional de Economia Popular e Solidária (Ministério do Trabalho e Emprego).
Também discursaram Augusto Vasconcelos, secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre); Wenceslau Júnior, superintendente do Comitê de Economia Solidária do Consórcio Nordeste; Jeane dos Santos, do Movimento Nacional dos Catadores; Gisleide Carneiro, coordenadora dos fóruns Brasileiro e Baiano de Economia Solidária; Fátima Nunes, vice-presidenta da Assembleia Legislativa da Bahia; e Kleytton Morais, presidente da Fundação Banco do Brasil. Na plateia, estavam presentes lideranças indígenas, quilombolas e representantes de empreendimentos econômicos solidários. A atividade teve tradução simultânea em Libras.
Para o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, o evento marca um compromisso federativo: “O que estamos fazendo aqui não é só da Bahia. Pelo Consórcio Nordeste, seguimos com o compromisso coletivo — por uma agenda ambiental que nasce no território e olha para o futuro do Brasil.”
“Estamos vivendo um momento de mudança, em que o Nordeste assume um papel de destaque. O saber popular e solidário vem apontando caminhos para uma nova economia — mais justa, próspera e sustentável”, continuou o gestor.
Dando sequência à programação do plano, nesta quinta-feira (8), às 10h30, a Profª Dra. Tarin Mont’Alverne (UFC) conduzirá a aula magna “Rumo ao Plano Nordeste de Transformação Ecológica: quais perspectivas?”, também com acessibilidade em Libras. Em seguida, os governadores da região apresentarão simbolicamente a Carta de Intenções do Plano ao Ministério da Fazenda, com participação de autoridades, lideranças populares e representantes da sociedade civil.
Com entrada gratuita mediante retirada de ingressos pela plataforma Sympla (sujeita à lotação), o Festival reúne feira de economia solidária, painéis, oficinas e apresentações culturais com artistas de diversas regiões do país.
Sobre o Plano de Transformação Ecológica do Nordeste
Inspirado no único bioma exclusivamente brasileiro, o Plano de Transformação Ecológica do Nordeste tem a Caatinga como eixo central. A proposta estabelece estratégias comuns para impulsionar o desenvolvimento sustentável e reduzir desigualdades sociais e territoriais, com base em uma transição ecológica justa e regenerativa.
Segundo os organizadores, o Festival marca uma nova etapa de articulação regional, em que os estados nordestinos reafirmam seu protagonismo na agenda ambiental nacional. O plano prioriza uma economia de baixo carbono, a valorização da agricultura familiar e o aproveitamento do potencial das energias renováveis.
As diretrizes regionais seguem os cinco eixos do plano nacional: uso sustentável da biodiversidade e sociodiversidade; transição energética e transformação industrial; infraestrutura sustentável e resiliência climática; bioeconomia e agricultura regenerativa; cidades sustentáveis e economia circular. Entre as ações previstas estão o incentivo à energia solar descentralizada, agroecologia, reindustrialização verde, recuperação de áreas degradadas, gestão de resíduos, habitação ecológica, saneamento rural e valorização dos territórios tradicionais.
A partir de agora, o plano segue em construção, com uma agenda de escutas públicas, pesquisa de campo e formulação coletiva de propostas, com apoio da Open Society Foundations e da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). O processo inclui entrevistas, produção de podcasts, articulação com lideranças locais e culmina na apresentação do documento final durante a COP-30, a Conferência do Clima da ONU.
Compromisso reafirmado
Durante sua fala, no Festival Brasil Nordeste de Economia Popular e Solidária, o governador Jerônimo Rodrigues mencionou a 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes), que acontecerá de 13 a 16 de agosto, em Brasília. Ele destacou a importância de manter o diálogo com o governo federal e fortalecer o reconhecimento institucional da economia solidária como política pública.
“Em agosto, estaremos em Brasília, na Conferência Nacional. É o momento de marcar posição e dizer ao presidente Lula: esse movimento aqui é um movimento pelo Brasil. Para as gerações atuais, futuras — e em respeito às que vieram antes de nós”, afirmou.
Promovida pela Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, a 4ª Conaes tem como tema “Economia Popular e Solidária como Política Pública: Construindo territórios democráticos por meio do trabalho associativo e da cooperação”. O encontro será uma das principais etapas na formulação do 2º Plano Nacional de Economia Solidária, sucedendo o primeiro, lançado em 2014.
O Brasil Nordeste – 1º Festival de Economia Popular e Solidária é uma iniciativa do Governo do Estado da Bahia, por meio das secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e do Desenvolvimento Econômico (SDE), e apoios do Instituto Federal da Bahia (IFBA), do Centros Públicos de Economia Solidária da Bahia (CESOL). O evento é produzido pela MK Produções e tem como correalizadores Caderno 2 Produções, Polo Cultural, Associação de Assistência à Produção e ao Desenvolvimento Sustentável (AAPDS), Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) e Open Society Foundations (OSF), com Patrocínios de Shopee, Sebrae, Fundação Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa, e de Bahiagás, através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. Realização Consórcio Nordeste, Ministério do Empreendedorismo e da Empresa de Pequeno Porte, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e Ministério da Cultura do Governo Federal.
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