Publicado em 17/04/2025 às 14h31.

Força Nacional é enviada ao extremo sul da Bahia após tensão em conflitos agrários

Governo estadual destaca importância do diálogo, da legalidade e do equilíbrio entre direitos indígenas e propriedade privada

Redação
Foto: Arquivo/Sejusp

 

A Força Nacional de Segurança Pública será enviada ao extremo sul da Bahia para reforçar a atuação das autoridades diante dos conflitos entre comunidades indígenas e fazendeiros que disputam a posse de terras na região desde março. A medida foi confirmada pelo governo da Bahia nesta quinta-feira (17) e tem como objetivo garantir a ordem pública e a segurança.

A presença da tropa federal ocorre após recomendação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com o aval do Ministério dos Povos Indígenas e do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA). De acordo com nota oficial, o efetivo atuará em áreas de interesse da União, em cooperação com as autoridades locais e com o apoio das forças estaduais, que seguem com presença ativa na região.

“O governo do Estado informa que manterá suas ações regulares de policiamento na região do extremo sul, conforme prevê a Constituição Federal, e seguirá atuando, em conjunto com a Polícia Federal, para assegurar a paz e a ordem pública”, diz um trecho do comunicado.

A gestão estadual também reafirma seu compromisso com o respeito à Constituição, destacando a relevância da demarcação de terras indígenas e a defesa da propriedade privada. “O diálogo é o único caminho legítimo e duradouro para a construção de soluções pacíficas e sustentáveis”, reforça a nota.

Posicionamento de Jerônimo

Em agenda na última quarta-feira (16), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) disse não ter lado no conflito de terras entre fazendeiros e indígenas. “Eu quero pacificar para que seja respeitado o direito de ambos”, afirmou o petista.

“Eu como governador não posso ter partido para dizer eu sou a favor do agro ou se eu sou a favor dos indígenas. Eu quero pacificar para que não haja morte de nenhum lado, para que seja respeitado o direito de ambos. É possível a Justiça julgar e dizer ‘olha, a linha de corte é essa’”, declarou o governador.

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