IBGE e Conab estimam crescimento da safra de grãos na Bahia em mais de 7%
Área plantada dos grãos para 2025 está estimada em 3,67 milhões de hectares

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de março, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima, para a safra 2025, uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 12,2 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 7,3% na comparação com a safra de 2024.
A Conab, por sua vez, para o ciclo 2024/2025, também evidencia expectativas positivas na produção, na área plantada e na produtividade dos grãos. A produção pode crescer quase 8% em relação ao ciclo anterior. Soja e algodão se destacam na produção desse novo ciclo.
De acordo com o IBGE, a área plantada dos grãos para 2025 está estimada em 3,67 milhões de hectares (ha), com crescimento 3,2% em relação à safra de 2024. Com isso, o rendimento médio (3,33 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia será de 4,0% acima da safra anterior.
O volume de soja colhido está estimado em 8,33 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 10,6% sobre o verificado em 2024. A área plantada com a oleaginosa no estado é de aproximadamente 2,14 milhões de ha. O rendimento médio de 3,89 toneladas/ha tem relevância nesse desempenho positivo, com aumento de 4,9% em relação à safra anterior.
Outro importante produto da safra baiana, o algodão (caroço e pluma), tem produção estimada em 1,78 milhão de toneladas, o que representa aumento de 0,7% em relação ao ano de 2024. A Bahia é o maior produtor da Região Nordeste e o segundo do Brasil, responsável por 19,7% da safra nacional. A área plantada com a fibra aumentou 0,5%, alcançando 382 mil ha em relação à safra de 2024.
Para a lavoura do feijão, a estimativa é de aumento em 0,2% na comparação com a safra de 2024, totalizando 223 mil toneladas. O levantamento tem estimativa de 385 mil ha plantados, 1,3% maior que a safra anterior. A primeira safra da leguminosa (132 mil toneladas) é 3,8% inferior à de 2024, e a segunda safra (91 mil toneladas) teve uma variação positiva de 6,7% na mesma base de comparação.
As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, devem alcançar 2,36 milhões de toneladas, o que representa aumento de 1,7% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 0,7% em relação à estimativa da safra anterior de 605 mil ha. A primeira safra do cereal está projetada em 1,59 milhão de toneladas, 2,7% acima do que foi observado em 2024. Já para a segunda safra, é esperado um recuo de 0,5% em relação à colheita anterior, com expectativa de 763 mil toneladas.
Em relação ao café, está prevista a colheita de 266 mil toneladas este ano, 6,8% acima do observado no ano passado. A safra do tipo arábica é de 110 mil toneladas, com variação anual de 5,9%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora foi de 156 mil toneladas, 7,5% acima da colheita do ano anterior.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima produção de 5,49 milhões de toneladas, revelando decréscimo de 1,0% em relação à safra de 2024. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou em 119 mil toneladas, apontando um avanço de 7,0% na comparação com a do ano anterior.
Na fruticultura, destacam-se as estimativas das lavouras de banana (906 mil toneladas), laranja (632 mil toneladas) e uva (61 mil toneladas), que registraram, respectivamente, variações de 4,8%, 0,3% e 10,0% em relação à safra anterior.
O levantamento ainda indica uma produção de 907 mil toneladas de mandioca, 14,7% maior que a de 2024. A produção de batata-inglesa, estimada em 340 mil toneladas, apresenta acréscimo de 1,7%; e a do tomate, estimada em 183 mil toneladas, aponta queda de 48,4% na comparação com a do ano anterior.
No sétimo levantamento do ciclo 2024/2025, a Conab estima safra de 13,4 milhões de toneladas de grãos.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu sétimo levantamento de 2024/2025, estimou uma produção de 13,4 milhões de toneladas de grãos – o que representa um avanço de 7,9% em relação ao ciclo 2023/2024.
Com relação à área plantada, observa-se uma ampliação de 5,9% na mesma base de comparação, o que alcança uma área de 4,0 milhões de ha. Com destaque para expansão de área em soja (+ 156 mil ha) e algodão (+ 62 mil ha). Assim, o rendimento médio do conjunto das lavouras pesquisadas deverá ficar em torno de 3,35 toneladas/ha.
A soja, segundo a Conab, deve apresentar um novo ciclo de alta, com aumento da área plantada – crescimento de 7,9% em relação à temporada passada – alcançando um total de 2,14 milhões ha. Por sua vez, a produção deve avançar em 16,5%, para 8,71 milhões de toneladas na atual temporada, em comparação com o ciclo anterior. Com isso, a produtividade estimada é de 4,08 toneladas/ha, representando aumento de 7,9% em relação à safra anterior.
A produção de algodão está estimada em 1,95 milhão de toneladas, plantada em 408 mil ha, o que representa um crescimento de produção de 15,8% em relação ao ciclo 2023/2024. De acordo com a Conab, a expectativa de aumento de área (17,9%) em relação à safra passada deve-se aos bons resultados alcançados, ritmo de expansão agrícola e à boa distribuição de chuvas nesse início de safra.
Uma das expectativas negativas está associada à produção de milho, a Conab estima que a safra atual totalize 2,53 milhões de toneladas. As principais contribuições provêm da primeira (1,21 milhão de toneladas) e da terceira (1,15 milhão de toneladas) safra do cereal.
Em seu conjunto, a produção de milho, no estado, apresenta previsão de queda de 14,3% em relação ao período anterior, atribuída às adversidades climáticas. De acordo com análise da Conab, há uma expectativa da redução da área de cultivo (-2,3%) devido à baixa rentabilidade do cereal. Apenas no oeste o clima foi favorável, com chuvas regulares, e, por isso, manteve a produção total do estado em estágio razoável.
Também a safra de feijão tem estimativas negativas, pois a escassez, ou até ausência de chuvas principalmente nas áreas centrais do estado, limitaram não só a realização do plantio como prejudicaram a evolução fenológica das lavouras, reduzindo drasticamente o potencial produtivo. O volume estimado é de 323 mil toneladas (plantado em 431 mil ha) e representa uma redução de 8,8% em relação ao ciclo 2023/2024.
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