Publicado em 04/02/2016 às 16h00.

Inhambupe: Oposição e Prefeito brigam em processo de cassação

Enquanto a oposição acusa prefeito de irregularidades fiscais, prefeito se defende alegando um golpe na democracia

Redação
Prefeito Benoni Leys (Foto Comunicação JC)
Prefeito Benoni Leys (Foto Comunicação JC)

 

O prefeito de Inhambupe, Benoni Leys (PT), poderá ser afastado de suas funções na próxima sexta-feira (5), caso a Câmara de Vereadores dê procedência ao pedido de cassação do mandato, formulado pela oposição. Acusado de corrupção por irregularidades no processo licitatório do São João de 2013, o prefeito Benoni tem sido acusado pelos oposicionistas de mergulhar a administração do município em um caos total. A sessão especial que avaliará o pedido de afastamento formulado pela Comissão Parlamentar Processante – CPP – foi convocada pelo presidente do Legislativo local, Everaldo Andrade.

Em caso de cassação, o cargo será assumido pelo vice-prefeito Fortunato Silva (PSDB), também conhecido como Nena, que é visto como principal articulador da proposta de cassação do prefeito.

Outro dos principais articuladores do movimento, o vereador oposicionista Jeovan Vieira, acusa a administração municipal de dificultar a manutenção do processo: “A comissão processante está sendo prejudicada por manobras da administração e não houve sequer uma testemunha ouvida, pois os mesmos são orientados a não irem, sendo que o advogado disponibilizou o endereço do seu escritório errado para dificultar as notificações e consequentemente a comissão” disse o vereador ao Blog Comunicação Jc Inhambupe. Para que o pedido de afastamento do prefeito seja acatado, é necessário 2/3 dos votos dos parlamentares, ou seja, 9 votos.

Defesa – Benoni alega que o processo é ilegítimo, visto que em sua defesa perante juízo, provou a transparência da sua administração. Benoni acusa também, o vice-prefeito Fortunato Silva de conluio com outros vereadores oposicionistas da cidade, a tramarem uma sessão extra na Câmara para esta sexta-feira (5), com o propósito de afastar o prefeito sob a alegação de obstrução, sem qualquer prova material ou sequer testemunhal do ocorrido.

Segundo o prefeito, o objetivo da manobra seria desferir um golpe na democracia, visto que Nena estaria tentando destituí-lo do cargo para seu próprio favorecimento e a fim de utilizar a máquina pública a favor de sua candidatura para a prefeitura nas próximas eleições: “Nena não tem medido esforços nas suas ações inescrupulosas, como assediar os vereadores que não concordam com o golpe absurdo, oferecendo secretarias, negócios montados, tratores, dentre outros favores. Uma atitude de quem é ditador e não respeita as leis e muito menos a democracia”, indignou-se o prefeito Benoni Leys

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