Publicado em 20/06/2024 às 18h07.

Licores da agricultura familiar ampliam vendas durante o São João

No sul do estado, destaca-se a produção de licor de mel de cacau

Redação
Foto: Reprodução / Assessoria

 

Oriundos de Juazeiro, os licores Aromas da Caatinga, da Cooperativa Agropecuária Familiar de Massaroca e Região (Coofama), produzidos por mulheres da comunidade Curral Novo e Jacaré, chama atenção pelo umbu e tamarindo, frutas cultivadas de forma sustentável.

“Há mais de uma década, nossa produção tem crescido anualmente. Em 2024, estamos operando até aos domingos na unidade de beneficiamento de frutas para atender à demanda. Vendemos licores o ano todo, mas durante o São João, as vendas disparam”, comemora a agricultora Clarice Evangelista. A unidade de beneficiamento de frutas foi criada pelo projeto Pró-Semiárido, implementado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), uma empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

No sul do estado, destaca-se a produção de licor de mel de cacau pela Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (COOPFESBA), com a marca Bahia Cacau. “Produzimos licores de pimenta, jenipapo, maracujá, gengibre, mas o licor de mel de cacau é o mais procurado. As vendas ocorrem o ano inteiro, mas esperamos um aumento de 50% durante o São João”, afirma o presidente da COOPFESBA, Osaná Crisóstomo.

Os Licores Monte Sabores, da Associação Comunitária dos Agricultores Familiares de Tapera, em Monte Santo, são conhecidos pela diversidade, incluindo sabores como umbu, maracujá, maracujá-da-caatinga, jabuticaba, abacaxi e licuri. Segundo a agricultora Maria Cleonice dos Santos, os mercados da região reconhecem a qualidade dos licores. “Nosso diferencial é usar frutas nativas da região, o que nos deixa muito felizes em vender esses licores pela Bahia”, diz Cleonice.

Em Bom Jesus da Lapa, a Casa do Licor Formoso – Sítio Santa Rita é um nome tradicional, com produção liderada pela agricultora Rita Teixeira, da Associação das Mulheres Campesinas de Serra do Ramalho e Região. Rita destaca que, além dos sabores de banana, pimenta, hibisco e rapadura, agrega valor com artesanato feito de fibra de bananeira. “Nossos licores são sem conservantes, de produção própria, e ainda faço capas e caixas para eles com fibra de bananeira”, comenta Rita.

Esses e outros licores estão disponíveis no Empório da Agricultura Familiar, no Mercado do Rio Vermelho, em Salvador, e em outros pontos de venda da agricultura familiar na Bahia.

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